-- Sim? -- Any respondeu abrindo a porta já vestida. O garoto percorreu os olhos por seus trajes bagunçados, cabelos molhados desgrenhados e parou no sorriso que brincava no rosto de Any.
-- Se quiser eu posso matá-la. -- Ele disse com o maxilar rígido. -- Ela não deveria te obrigar a...
-- Cala a boca. -- Ela disse abaixando o tom de voz, porém irritada, encostando a porta do quarto. -- Ela não me obrigou a nada.
-- Onde ela está? -- Ele perguntou.
-- No banho. -- Esclareceu. -- Deixa que ela já sabe que tem que ir ao trabalho, obrigada mesmo assim. -- Ia entrando no quarto, mas sentiu a mão forte segurar seu pulso. Suspirou e se virou para ele novamente.
-- Por favor, John. -- Sussurrou. -- Agora não.
-- Any, eu...sinto sua falta. -- Disse acariciando com o polegar a mão da garota.
-- Nunca mais ameace matar a minha esposa. -- Ela disse convicta, lhe olhando apenada. -- Eu queria dizer que sinto muito por tudo o que houve, mas não sinto. -- Ela disse se soltando do toque do rapaz. -- Você é um cara incrível, de bom coração, John, mas...
-- Elly? -- A voz de Savannah soou dentro do quarto e ela lembrou que Savannah iria tomar um banho bem rápido mesmo, afinal só tiraria o cheiro de sexo, já que havia tomado banho nem uma hora atrás.
-- Já vou, amor. -- Ela gritou encarando o rapaz. -- Me enganaram para eu me casar, não pense que sou desse tipo, mas coisas aconteceram nesse tempo. Agora não posso conversar, te procuro mais tarde. -- O homem assentiu contrariado, mas sentiu alívio ao ouvir que Any fora enganada para casar-se. Não havia lhe abandonado a toa, afinal.
-- Sim, Senhora. -- Voltou para seu papel e ia se retirando, mas viu a porta se abrir atrás de Any.
-- Olá, Peter. -- O homem queria muito odiá-la, achar algo que o fizesse detestá-la, mas até agora só havia encontrado doçura e gentileza. -- Quer tomar café conosco?
-- Não obrigado, senhora. Só vim avisá-la sobre seu compromisso.
-- Certo. Decerto, Any lhe informou sobre o trabalho dela?
-- Oh não, decidi que adoro ficar em casa mesmo. -- Any falou prontamente, sentindo-se nervosa por ter ambos em sua frente. Savannah abraçou-lhe pela cintura e lhe deu um beijo no pescoço.
-- Mas amor...
-- É sério. Posso ajudar Ame...digo, Rosália na cozinha. -- Não sabia se poderia revelar o segredo para todos, então preferiu esconder por enquanto até Savannah decidir o que fazer. -- Adoro cozinhar e, ah! Também posso dar aulas de equitação. Adoro montar a cavalo.
-- Tudo bem então, princesa. -- Savannah disse, fazendo Any suspirar aliviada. -- Não vou tomar café então, já me atrasei demais, hm? Como algo por lá. Me acompanha até a saída, Peter?
-- Claro, senhora.
-- Te vejo a noite, vida. -- Savannah disse se inclinando e selando os lábios de Any. -- Eu te amo.
-- Também te amo. -- Any sussurrou, percebendo o desconforto do homem ali parado.
-- Então... -- John começou, limpando a garganta. -- A garota ali parece ser boa no que faz, hm? Aposto que se divertiram por completo. -- John não era o tipo de homem que se refería assim às mulheres, era um homem correto, mas precisava saber se Any e Savannah haviam consumado o casamento. Se minutos antes estavam rolando entre os lençóis.
-- Jamais lhe dei intimidade para se referir com tamanha falta de respeito à minha mulher, senhor Leroy. Peço que se limite a fazer comentários construtivos, caso contrário, cale a boca, pois não tolero isso. -- Savannah tinha princípios, não era esse tipo de mulher que saía por aí falando da intimidade com a esposa e John achou isso digno, apesar de ainda procurar defeito na mulher ali.
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Over the Rainbow | Versão Savany
Fanfiction[ADAPTAÇÃO] Over the rainbow é uma história romântica que se passa no século XX. A protagonista Any Gabrielly, contrariando as regras da aristocracia a que pertence, se apaixona por John Parker, um camponês da classe baixa, mas sua mãe, Andrea, des...