Capítulo 28

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-- Então se eu te beijasse agora... -- Começou, com a respiração pesada. -- você não ficaria chateada? -- Perguntou mordendo seu lábio inferior, ainda com a voz quase nula, apenas para confirmar se havia entendido certo. Sentiu suas mãos suarem e tremerem, por isso apertou os punhos.

-- Não. -- Savannah respondeu em um fio de voz e Any assentiu, voltando a encarar seus olhos, respirando fundo antes de se inclinar mais, hesitantemente e temeu estar cometendo o maior dos erros. Não deveria estar fazendo isso, não deveria mesmo!

Até que seus lábios finalmente se encontraram com o doce toque dos lábios de Savannah, fazendo ela mudar de ideia instantaneamente. Deveria sim estar fazendo! Já deveria ter feito isso muito tempo atrás.

Any sentiu explodir dentro de si um pânico diferente, sentiu seu estômago revolver como costumava cada vez que tocava seus lábios nos de Savannah, mas foi quando sentiu Savannah adentrar a língua em sua boca, aprofundando o beijo, que sentiu como se tivesse sido abduzida. Uma fome que ela nem sequer sabia existir dentro de si se apossou de seu corpo, fazendo ela levar sua mão até a nuca de Savannah, com intuito de aproximar mais seus corpos.

Tratou de beijar Savannah com toda a suavidade do mundo, não queria que sua voracidade e impaciência machucassem Savannah, já que a mesma tinha um pequeno corte no lábio superior.

Savannah, com seu braço direito, puxou Any para seu colo, fazendo a mesma soltar o tubo de pomada sobre a cama. Any se ajeitou com uma perna de cada lado do corpo de Savannah e passou seus dois braços pelo pescoço da mais velha, cuidadosamente para não atingir o local machucado. Any sentiu seu corpo se aquecer ao lembrar que, enquanto sentia a língua de Savannah deslizar pela sua, deliciosamente, ela estava no colo de Savannah e, bem, o que separava Savannah de estar nua era apenas uma minúscula calcinha.

Foi quando Any arrastou as unhas vagarosamente em sua nuca que Savannah apertou com vontade a cintura de Any, fazendo a mesma soltar um gemido involuntário na boca de sua esposa. Savannah se sentiu incendiar com tal harmonia para seus ouvidos e isso só aumentou quando Any mordeu seu lábio inferior de forma sensual.

Sentiu o beijo se tornar mais desesperado, mas ao sentir o braço de Any esbarrar seu ombro não conteve em soltar um resmungo baixinho.

-- Oh meu Deus, desculpe. -- Any pediu. Savannah riu negando com a cabeça. -- Sou um desastre, você deveria saber disso. -- Sussurrou sorrindo, selando os lábios de sua esposa sem pressa. -- E por isso deveríamos focar no mais importante aqui: A pomada.

-- Certo. -- Savannah disse rindo, vendo Any se retirar de seu colo e de repente se sentiu envergonhada por estar nua da cintura para cima. Se deitou na cama e logo Any, com mais dificuldade do que nunca, pois havia conhecido o sabor daqueles lábios, aplicou a o conteúdo do tubo nos hematomas de Savannah.

Conversaram coisas triviais após o episódio do beijo e, assim que Any terminou de passar a pomada, Savannah preferiu vestir uma camisa branca e fina de botões. Any agradeceu mentalmente por isso e se inclinou, apagando a luz do abajur.

-- Boa noite, Sav. -- Sussurrou.

-- Boa noite, Elly. -- Respondeu. Queria dar um beijo de boa noite em sua esposa, mas honrava o que havia prometido à Any quando lhe propôs casamento: Nada seria forçado ali, respeitaria cada vontade e decisão de Any.

Sentiu os braços de Any lhe abraçarem minutos mais tarde, se aconchegando nas curvas de seu corpo e sorriu para si. Logo caiu no sono.

[...]

Any abriu os olhos piscando várias vezes, só para constatar que não estava sonhando. Savannah a encarava sem dizer nada.

-- Bom dia! -- Savannah disse. Seus hematomas estavam levemente menos roxos e seus cabelos desgrenhados.

Over the Rainbow | Versão Savany Onde histórias criam vida. Descubra agora