-- Chegaram, senhorita. -- O senhor Jerry informou.
-- Obrigada, tio. -- Savannah agradeceu ao homem que chamava de tio por consideração aos anos de amizade de suas famílias. Caminhou para a frente de sua casa e estacou no lugar ao ver Any, mais linda do que nunca, em seu vestido verde esmeralda e branco, que dava destaque para sua silhueta fina. Seus cabelos estavam soltos em seus ombros e seu olhar tímido, como sempre.
-- Olá! -- Savannah disse estendendo sua mão para Any, para ajudá-la a descer da carruagem. Any hesitou pegar sua mão, porém, ao ver que precisaria de ajuda para descer devido ao vestido, esticou sua mão esquerda, esbarrando na de Savannah. O calor da mão da loira passava, de uma forma estranha, segurança para Any.
-- Olá. -- Any respondeu e Savannah sorriu, auxiliando sua futura esposa a descer.
-- Mel irá mostrar onde fica o quarto do seus pais e, bem, depois ela volta para lhe mostrar o seu. -- Disse. Não iria mostrar o quarto de Any ela mesma porque não queria assustar a garota. Any assentiu. -- Enquanto isso eu posso te mostrar a casa. Que tal?
-- É... Pode ser. -- Disse soltando da mão de Savannah assim que estava segura no chão.
-- Bem, então me acompanhe. -- Any mordeu seu lábio inferior e olhou para Savannah. -- Você poderia esquecer por um segundo que vamos nos casar? Ontem você estava mais legal e não parecia que o gato comeu a sua língua. -- Pediu rindo.
-- Não dá para esquecer que vamos nos casar, Savannah. É um casamento. -- Disse séria. -- Ontem você era uma desconhecida que eu conversava sobre coisas aleatórias e jogava pedrinhas no rio e hoje você é minha noiva.
-- Desculpe. -- Savannah pediu entortando o canto da boca.
-- Acho que teria sido mais legal da sua parte se você tivesse me falado que pediria a minha mão. -- Falou cruzando os braços e Savannah franziu o cenho.
-- Mas eu não...
-- Ora, ora... Olha quem temos por aqui. -- Britt as interrompeu. -- A noivinha de Savannah.
-- Olá. -- Any disse sorrindo educadamente e Savannah olhou para Britt com um olhar de alerta.
-- Olá, meu anjo. -- Ela disse sorrindo falsamente. -- Sou Brittany. Só vim me apresentar mesmo, não quero atrapalhar vocês. Espero que goste de sua estadia aqui. Até mais, Any. Até mais Sav. -- Ela disse se aproximando de Savannah e dando um beijo demorado no rosto da garota. Any percebeu a expressão sensual no rosto da garota ao pronunciar o nome de sua noiva e franziu o cenho.
-- Até. -- Savannah disse se afastando da garota. Any respondeu apenas com um leve aceno.
-- Ela parece ser bem íntima, hm? -- Any sugeriu.
-- Sim. É filha de um dos homens que trabalhavam para meu pai. É irmã de Mel, ou seja, cresceu aqui.
- Ah! -- Foi tudo o que Any disse. -- Bem, vou tentar agir como se o gato não tivesse comido a minha língua então. -- Falou rindo. -- O que você faz?
-- Sou comandante da cidade. Eu liderava a cavalaria quando tinha dezenove anos, mas meu pai veio a falecer quando eu tinha vinte e, bem, como sou a única herdeira...
-- Sinto muito. -- Any disse. -- E sua mãe?
-- Ela era uma prostituta.
-- Savannah, não seja rude com a sua mãe só por desavenças passadas. -- Savannah riu ao ouvir Any.
-- Oh, não. Ela era realmente uma prostituta. Quando meu pai descobriu que havia engravidado ela decidiu fazer o teste e confirmou que eu era sua filha, então me tomou da minha mãe e passou a cuidar de mim.
-- Ela faleceu também?
-- Eu nunca soube nada dela. Apenas que se chamava Amelie.
-- Senhorita comandante. As tropas inimigas lançaram fogo ao Zepelim do Norte. -- Shivani, quem trabalhava na cavalaria, adentrou o lugar às pressas, avisando Savannah do ocorrido.
-- Oh merda. Os Aguirre's não desistem, não é? -- Savannah disse irritada. -- Será que eu não vou ter paz nem um dia sequer? -- Gritou. -- Mantenha a mesma estratégia da última vez e diga que já estou a caminho.
-- É para já. -- A morena disse, desaparecendo rapidamente das vistas de ambas as mulheres.
-- Any, desculpe, mas preciso mesmo ir. Espero que goste de seus aposentos. Nos vemos em breve. -- E após um beijo no rosto de Any saiu correndo em direção ao seu cavalo. A mais nova ficou ali parada, assimilando a maneira que Savannah parecia ser uma pessoa completamente diferente quando se tratava de seu trabalho. Desejou internamente que ela não fosse bruta desse jeito com Any jamais.
-- Não se preocupe, ela comeria merda por você. -- Sabina disse sobre seu cavalo, como se adivinhasse os pensamentos da mais nova. -- Ela não vai te fazer mal. Agora com licença, futura cunhadinha, mas tenho alguns maxilares para quebrar. -- E assim o cavalo começou a correr para longe.
-- Savannah parece ser tão boa de cama, hm? Parece ser aquele tipo que te segura forte e mete gostoso, com força. Não acha? -- A voz já conhecida por Any surgiu no lugar. Any congelou ao ouvir aquilo, decerto que teria que ir para a cama com Savannah consumar seu casamento, mas preferia imaginar que a garota era doce ao invés de bruta.
-- Não sei, mas de qualquer forma se ela é boa de cama ou não você jamais vai provar, porque é comigo que ela vai se casar. Então acho melhor parar de ter esse tipo de pensamento sobre minha noiva. É bastante inapropriado. -- Disse. Jamais falaria assim com alguém e tampouco sentia ciúmes de Savannah, era só que havia percebido que a garota ali estava tentando lhe provocar e que a mesma era louca por Savannah. Não amava Savannah, nem por isso deixaria que falassem ou imaginassem tais coisas com ela.
-- Ainda tenho esperanças de você não dar conta e ela vir correndo para meus braços em busca de consolo. Se é que você me entende, hm? -- Disse balançando suas sobrancelhas sugestivamente.
-- Se ela não correu para você até agora, por que acha que correria depois? Não sonha. -- Falou.
-- Quem te garante que ela nunca correu para mim? -- Diante de uma Any sem argumentos, que abria a boca várias vezes, mas nada saía, Britt apenas virou as costas para ela e saiu rebolando.
Any trincou o maxilar e fez uma nota mental de perguntar à Savannah se já havia tido algo com Britt, apenas para não voltar a ficar sem palavras diante daquela imbecil.
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Over the Rainbow | Versão Savany
Fanfiction[ADAPTAÇÃO] Over the rainbow é uma história romântica que se passa no século XX. A protagonista Any Gabrielly, contrariando as regras da aristocracia a que pertence, se apaixona por John Parker, um camponês da classe baixa, mas sua mãe, Andrea, des...