17- Sogros

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P.O.V Regulus Black

Uns três meses se passaram desde o incidente com Martina e Sirius, e desde lá ele manteve distância, mas continuava nos encarando pelos corredores e pelo salão principal durante as refeições. Entre mim e Tina ainda não tinha acontecido nada, apesar de nos aproximarmos bastante nesse tempo.

Hoje posso dizer que não vejo outra pessoa do meu lado, dividindo a vida comigo e sendo minha companheira. Eu gosto dela, da forma que ela é gentil e ajuda os alunos mais novos nos estudos sempre que pode, de como ela cuida de mim e alegra meu dia, gosto dela apenas por ser ela, minha deusa.

Depois daquele pesadelo não tocamos mais no assunto, não tenho ideia de como ela convenceu meus pais a me deixar ir, acho que ele carisma dela conquistou até eles. Agora estamos indo para casa passar os primeiros três dias e depois vamos com seu pai para Itália encontrar Enrico para passar os feriados conosco.

-Está tudo bem?- ela pergunta enquanto eu olho para a janela do trem

-Sim deusa- respondo

-Está tão calado, isso não é de seu feitio- ela diz dando um pequeno sorriso

-Talvez nervoso por conhecer seu irmão- tento não olhar para ela por vergonha

-Enrico?- ela começa a rir - Por que isso lhe deixa nervoso?

-Nunca vi seu irmão, e pelo que você disse, ele irá me matar na primeira oportunidade- digo como se fosse óbvio

-Não é porque ele quase matou um amigo dele dois anos atrás que ele vai matar você- ela revira os olhos

-Qual foi o motivo dele quase matar o amigo dele?- pergunto para mostrar a ela que eu estou certo

-Tá, pode ter sido porque eu ficava com o amigo dele as escondidas, mas isso não quer dizer que ele matará você- defende mais uma vez- Você é meu noivo e não um amigo dele que eu beijava

-Isso é pra me acalmar?- olho para ela arqueando uma das sobrancelhas

-Pare Black- ela começa a rir- Já disse que só posso matar você depois do primeiro herdeiro- ela esconde o riso

-Isso não tem graça- digo e ela não se segura e começa a rir

-Você ficará bem- ela diz apertando minha mão assim que o trem para- Vamos, nossos pais estão nos esperando

Ela pega a pequena bolsa com feitiço indetectável de extensão que contém suas roupas e me espera na porta da cabine, pego minha mala e passo o braço pela sua cintura como de costume. Ao pisarmos na plataforma avistamos seu pai conversando com meus pais, mostro a ela onde eles estão e assim que nos aproximamos deles, os mesmos sorriem

-Queridos, estão ótimos- diz minha mãe vindo nos cumprimentar, beijando minha bochecha e a de Martina

-Que saudade querida- Sr. Lombardi abraça a filha e depois vem até mim- Espero que tenha cuidado dela- ele aperta minha mão

-Sempre Sr. Lombardi- digo e ele abre um sorriso com minha resposta

-Vocês estão ótimos filho- meu pai aperta meu ombro e cumprimenta Martina com um beijo na bochecha

-Obrigada Sr. Black- ela agradece ao meu pai que sorri para ela

-Virão almoçar conosco?- meu pai pergunta ao Sr. Lombardi

-Claro- ele responde, eu e Martina nos olhamos sorrindo

Saber que só terei que passar três dias com meu pais mas depois passarei o restante das férias com ela, me deixa feliz. Assim que chegamos no Largo Grimmauld nº 12 meus pais chamam Monstro, o elfo doméstico para colocar mais dois lugares na mesa, nós almoçamos e percebo como Martina estava inquieta, então seguro sua mão por debaixo da mesa a fazendo o olhar para mim e sorrir

-Com licença, irei mostrar a casa para Martina- digo me levantando da cadeira e estendendo a mão para ela

-Ótima ideia Regulus, futuramente será sua casa querida- meu pai diz para nós- Percebe como eles estão felizes?- ele sussurra para minha mãe e para Dante assim que saímos da sala de jantar

-Você está tensa- digo depois de um tempo e ela me olha- Está bem deusa?

-Tenho medo de fazer algo de errado e seus pais acabarem desistindo de tudo- ela assume

-O que?- pergunto com medo de ter escutado errado

-Sabe Reg, eu comecei a gostar da ideia de nos casarmos, então fico com medo de fazer algo que seus pais não gostem e eles acabem achando que não serei uma boa esposa para você e desistem de tudo- ele diz olhando para seus dedos e depois suspirando

-Deusa, você não tem noção da certeza que eu tenho de que seremos muito felizes, lhe garanto que eles não vão desistir e se desistirem, eu não irei- digo colocando a mão na sua bochecha a fazendo olhar para mim e aconchegar seu rosto na palma da minha mão

-Promete?- ela diz receosa me fazendo rir

-Prometo deusa- digo e beijo sua testa a abraçando depois- O que acha de conhecer sua futura casa, futura senhora Black- digo e ela abre um lindo sorriso para mim

-Acho uma excelente ideia senhor Black- ela diz

A prometidaOnde histórias criam vida. Descubra agora