28-A corrida

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-O que aconteceu?- Tino desceu as escadas confuso assim que Regulus vai para cozinha ver o que vamos comer 

-Agora você aparece- digo- Bom dia- beijo sua bochecha e fui atrás do meu noivo 

-Deveria chama-lo de Enrico- ouço meu irmão falando 

-Não vou colocar o nome do meu filho de Enrico- declara Regulus 

-Ela nem tá grávida e você já está perturbando sobre o nome da criança- diz Beatrice piscando para mim assim que me vê na entrada da cozinha 

-Mal sabe você meu irmão, que assim que você tiver um filho eu vou pegar a criança com medo do que você fará com ela- digo e ele se assusta com a minha presença repentina 

-Meus filhos serão perfeitos- ele se defende 

-Isso eu não duvido, me preocupo é com você- digo e ele me olha ofendido- E tenho pena da mãe 

-Você nem sabe quem ela é- ele diz e eu me calo, o que faz ele olhar para mim- Você não ousaria- ele diz 

-Tino- grito correndo para meu primo que entrou agora na cozinha

-O que foi?- ele pergunta confuso 

-Corre- digo e ele me olha ainda confuso mas arregala os olhos ao entender e encara meu irmão- Corre Valentino- grito o puxando 

-Eu tenho o Regulus como refém- meu irmão grita correndo atrás de nós

-Você não vai fazer nada com ele- grito ainda correndo mas tropeço no tapete e bato a cara na parede mas continuo correndo 

-Mas posso fazer com a Bibi- ele diz e eu pulo nas costas do Tino

-Corre Tino, corre- grito com meu primo que sai correndo comigo nas costas 

-Vocês vão ter que voltar- meu irmão diz ao nos ver dando a volta pela casa 

Nos escondemos pelo jardim dos meus tios levemente apavorados com o que Enrico fará conosco para saber com quem ele irá se casar, sentamos nas cadeiras que minha tia deixa aqui fora quando quer tomar chá 

-Então, você e Regulus- Tino diz segurando o riso 

-Não comece você também- digo e ele ri 

-Mas eu nem disse nada, só estou comentando porque ouvi os gritos de Enrico- ele diz 

-Eu o amo Tino- digo e meu primo me encara completamente concentrado em qualquer reação que eu venha a ter

-Espero ter essa sorte que você teve- ele diz depois de um tempo calado

-Seus pais ainda não começaram a procurar?- pergunto e ele dá de ombros 

-Tina, eu realmente só vou me casar pela necessidade de continuar a linhagem, você se lembra do que aconteceu da última vez que eu dei meu coração a alguém- ele diz respirando de forma pesada ao lembrar da ex namorada 

-Alessandra não merecia você Tino- digo e ele me olha com os olhos marejados 

-Foram três anos- ele diz deixando uma lágrima teimosa cair- E isso não impediu ela de me destruir 

-Mas isso não quer dizer que você não poderá ser feliz novamente- digo 

-Mas isso deixa tudo mais difícil- ele declara- Eu a amei, ela me destruiu e isso não vai mudar, o que me resta é seguir em frente- ele dá de ombros

-Siga em frente e fique com o máximo de pessoas que você conseguir antes que se case- digo piscando para ele que ri 

-Você não era assim- ele diz- Não, mentira, você sempre foi assim 

-Que audácia- digo e ele ri 

-O apaixonado pela vida sempre foi o Enrico- ele diz- Lembra quando Beatrice fez Amortentia e eu mudei para ele se apaixonar por ela?

-Ela colocou comida podre no seu quarto por semanas- digo e ele ri se lembrando da vingança da irmã 

-Vocês estão aqui- diz Beatrice chegando com Regulus 

-Tome deusa- ele coloca um sanduíche com uma xícara de café em cima da mesa a minha frente

-Obrigado bebê- digo beijando sua bochecha depois que ele se senta do meu lado 

-Para você, querido- diz Beatrice trazendo o mesmo para o irmão mais velho que limpa as lágrimas rapidamente

-Obrigado- ele diz e a irmã o encara 

-O que aconteceu?- ela pergunta ao ver o gosto do irmão vermelho que engole seco

-Eu tropecei e bati o rosto na parede e Tino começou a rir de mim até chorar- respondo rápido e ela começa a rir 

-Sempre desastrada- ela diz se sentando ao lado do irmão 

-Você está bem?- pergunta Regulus segurando meu rosto pela bochecha e examinando para saber se eu não me machuquei 

-Eu estou bem- o acalmo- Onde está Enrico?

-Procurando por nós, provavelmente- diz Regulus 

-Ele tentou nos prender na cozinha, acredita?- diz minha prima indignada 

-Disse que nos usaria como moeda de troca para conseguir informações de vocês dois- diz Reg

-Comigo, ele não conseguiria nada- diz Tino 

-Eu lhe deixaria para trás pequeno rei- digo e ele me olha indignado 

-Obrigado por me amar tanto- ele diz de forma irônica 

-De nada- beijo sua bochecha e ele revira os olhos fazendo meus primos rirem  

A prometidaOnde histórias criam vida. Descubra agora