A prometida

81- Primeiro amor

Regulus Black P.O.V

Mais um dia eu estava tendo a minha visão favorita, o rosto adormecido de Martina iluminado pela alvorada, não me canso de aprecia-la mesmo depois de todos esses anos, e ainda sinto meu coração bater mais rápido apenas por vê-la.

-Vai continuar me observando dormir?- ela pergunta com a voz rouca por conta do sono

-Se importa?- digo segurando o riso- Está me atrapalhando- a puxo para o meu peito

-O que acha de me contar o que está passando nessa sua linda cabecinha?- Tina diz passando os dedos pelo meu peito nu depois de alguns minutos em que ficamos calados

-Eu sempre soube que você acha minha cabeça linda- digo e ela me belisca

-Você sabe o que aconteceu, não é?- ela pergunta

-Está se referindo aos meus sobrinhos trancando minha filha na biblioteca para ela poder beijar o Weasley?- pergunto

-Sim, exatamente a isso- ela concorda- Maya está começando a descobrir o primeiro amor

-Ela só tem 13 anos- a lembro- Não sabe o que é o amor

-E você sabia?- ela pergunta e eu me calo rapidamente- Nos apaixonamos aos 16 anos, assim que me tornei sua noiva

-Isso não vem ao caso- digo- E não foi logo de cara que nos apaixonamos

-Foi sim, pequeno rei- ela afirma e eu me calo- E eu sei como você é protetor com as crianças mas não pode evitar que eles tenham o coração partido

-Acha que ele vai partir o coração dela?- pergunto preocupado, pronto para ir matar o Weasley

-Regulus Black- ela me chama

-Nome e sobrenome, eu devo estar muito ferrado- digo

-Até parece que você não conhece sua própria filha, é bem capaz dela partir o coração de qualquer um antes que o dela tenha um misero risco- Martina diz

-Eu só me preocupo com ela- digo respirando fundo

-Eu sei que sim, querido- ela diz passando a mão no meu rosto- Estamos trabalhando para que eles vivam em um mundo seguro e tranquilo, mas você precisa deixa-los viver

-Tranquilo é chato- digo fazendo uma careta

-Você falou igual ao Sirius agora- ela diz dando uma risada leve

-Vou levar isso como uma ofensa- afirmo

-Não mude de assunto- ela diz- Maya e Aquila precisam ser crianças

-Eles já são- digo e ela revira os olhos

-Você me entendeu, eles precisam aprender a se virar sozinhos, a ter seu coração partido e eles mesmos catarem os pedaços- ela diz com suavidade- Sem ter carregarem as responsabilidades que carregamos assim que fizemos 16 anos. Aquila acabou de completar 15 anos, sabe se virar perfeitamente e ainda cuidar dos outros três com a ajuda de Pietro

-Mãe?- escutamos nosso filho bater na porta do nosso quarto, grito apenas para ele entrar

-O que aconteceu?- Tina pergunta levantando o lençol para ele se deitar ao seu lado

Minha esposa me empurra com o restante do seu corpo, fazendo com que eu caia da cama assim que meu filho se deita para aproveitar o colo da mãe

-Vocês sabem que eu ainda estou aqui, não é?- resmungo

-Tenho outra prioridade agora- ela diz mexendo nos cachos se formando no cabelo de Aquila- O que está lhe importunando, meu amor?

-Como eu sei se posso estar apaixonado?- ele pergunta de uma vez