30- Ressaca

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Regulus Black P.O.V
Acordei sentindo algo bater no meu rosto, assim que tento abrir os olhos a luz do Sol faz o favor de queimar a minha visão me fazendo resmungar. Abro os olhos novamente me acostumando com a luz e algo bate no meu rosto de novo logo vendo um animal incomum no quarto

-É uma galinha?- falo sozinho vendo o animal bicando meu nariz - Definitivamente é uma galinha

Ergo meu tronco do chão colocando a mão no local atingido pro bicho é olho para a sala da casa dos Fontana, Martina estava com o seu pé na cara de Beatrice e o pé da prima no seu rosto enquanto dormiam agarradas no sofá, Valentino dormia com a mão em cima do meu quadril e eu percebo que dormi de conchinha com ele, o mesmo estava com o rosto sujo de batom e Enrico dormia no outro sofá com a mão no chão cheia de algo marrom, julgo ser as fezes do animal que me acordou.

-O que fizemos ontem, por Merlin?- levanto do chão vendo o mesmo lotado de garrafas de bebidas

Ando pela casa tentando encontrar alguém acordado, na cozinha encontro Dante dormindo em cima do balcão com a boca cheia de queijo enquanto segurava uma taça de vinho ainda pela metade. Avisto pela janela Luigi e Graziela dormindo no jardim

Sinto uma pontada na cabeça e então subo para tomar um banho. Ao entrar no box perco a noção de tempo que fiquei embaixo do chuveiro, logo saindo e me vestindo com uma calça moletom cinza e uma camiseta preta. Ao descer as escadas vejo Martina se levantando jogando a prima no chão e a mesma só se vira para o lado e continua a dormir

-Bom dia- digo beijando sua testa e ela me olha ainda processando tudo

-Bom dia- ela beija minha bochecha- Vou tomar um banho, estou meio grudenta

-Vou fazer café, eu preciso- digo e ela assente subindo as escadas

Cansado de ficar sozinho, bato levemente na testa de Enrico que só abana o rosto achando que é um inseto, então eu bato novamente, agora com mais força o fazendo acordar

-An?- ele acorda assustado

-Bom dia- digo sínico, ele olha para a mão vendo as fezes da galinha e depois olha para mim esperando uma explicação - Eu lavaria a mão se fosse você

Ele cheira a mão e corre para o lavabo com o intuito de se livrar do resíduo. Ao terminar, ele me encontra na cozinha

-Bom dia- ele diz se sentando no banco do balcão e afastando os pés do pai

-Café?- ofereço e ele assente- O que fizemos ontem?- pergunto depois de servir uma xícara a ele

-Acho que depois da quarta garrafa, Bibi quis uma galinha e nos convenceu a roubar uma- ele diz depois de um longo gole da bebida

-Roubamos uma galinha?- pergunto

-Não, pulamos um galinheiro e a galinha nos seguiu até aqui depois que não conseguimos pegar nenhuma- diz Martina entrando na cozinha e logo pegando a xícara da minha mão e a bebendo

-Eu vi essa desgraça, vou usar ela no almoço - diz Enrico

-Você não fará nada com a minha galinha- diz Beatrice entrando na cozinha, ela pega a xícara do primo e bebe todo o líquido em um gole- Que café bom

-Seus pais estão dormindo do lado de fora- a informo e ela olha pela janela

-Daqui a pouco eles entram- ela diz e olha para o tio deitado no balcão- Por que eu acordei no chão?

-Eu derrubei- diz Martina servindo mais café na xícara que ela pegou da minha mão, depois ela me dá um selinho e devolve a xícara- Você esfregou seu pé na minha cara a noite inteira

-Eu dormi com conchinha com Valentino- digo e eles riem

-Preciso dormir, falem baixo- diz o Sr. Lombardi se ajeitando em cima do balcão, pego a taça de vinho da sua mão antes que ele a derrube

-Tino beijou todas as jovens da festa, porque você o convenceu- diz Beatrice apontando para mim

-Eu?- pergunto confuso

-Sim, depois que você disse e eu repito "Valentino Fontana, o encalhado da dinastia de bruxos italianos"- ela diz

-Ótima forma de começar o ano- digo erguendo a xícara em forma de brinde e depois bebendo todo o líquido

-Ótima é?- pergunta Martina arqueando a sobrancelha para mim

-Para ele deusa, eu estou maravilhosamente bem com você do meu lado o resto da vida- digo lhe dando um selinho e ela revira os olhos

-Sei- ela diz virando para o irmão que encarava a galinha que estava do outro lado da cozinha como se fosse matá-la - Enrico pare de encarar ela

-Não dá, ela cagou na minha mão- ele se defende

A prometidaOnde histórias criam vida. Descubra agora