31- Casa

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Senti Regulus passar os braços pela minha cintura me abraçando por trás. Encosto minha cabeça em seu ombro enquanto observo meu pai dormindo no balcão e meus irmão brigando com Beatrice afirmando que ela está roubando o café dele

-Bom dia- diz Valentino entrando na cozinha e encarando meu pai no balcão

-Café?- ofereço e ele nega

-Eu posso saber o porquê de eu estar dormindo no chão?- meu primo pergunta

-Você dormiu agarrado a mim- diz Regulus atrás de mim

Meu primo faz uma careta e então se aproxima do balcão onde meu pai ainda está dormindo. Entediado Valentino dá um tapa na testa do meu pai fazendo ele acordar assustado

-Bom dia titio- diz Tino sínico

-Você é pior que sua mãe- meu pai diz se levantando-Por favor falem que vocês também estão vendo uma galinha

-Sim tio, ideia minha- diz Beatrice roubando o café de Enrico mais uma vez

-Ótima ideia querida- meu pai diz- Cadê os pais de vocês?- ele pergunta

-Dormindo no jardim- ela aponta para janela

-Vou subir e ter um sono decente na minha cama- meu pai diz- Obrigado- ele pega o café da mão de Regulus e sobe para seu quarto

-O que vão querer fazer hoje?- pergunto- Voltamos para a escola daqui dois dias, só iremos nos ver daqui cinco meses

-Beber de novo?- pergunta Valentino 

-Não, perdi meu posto de fígado de aço pro Regulus- diz Enrico 

-Desculpe cunhadinho- meu noivo diz 

-Como é que você bebeu sete garrafas e não desmaiou?- meu irmão pergunta 

-Sangue Black- Regulus responde piscando para o meu irmão 

-Bom dia crianças- Tia Graziela diz entrando na cozinha carregando o marido que tinha uma tanguinha vermelha na cabeça- Tino, leve seu pai lá para cima 

-Vem velhote- meu primo joga o pai pelo ombro e o leva 

-Se arrumem, vamos para Londres hoje- diz minha tia e nós a olhamos confusos

-Nós o que?- perguntamos em coro 

-Vamos passar o resto das férias em Londres e depois voltamos para casa quando Martina e Regulus tiverem que voltar para escola- ela explica

-Vamos arrumar nossas coisas- puxo Regulus para o andar de cima 

Ao entrarmos no meu quarto, Regulus deitou na minha cama pegando um livro da minha cabeceira o olhando com curiosidade 

-''Um milhão de finais felizes''?- ele pergunta sobre o livro que Enrico trouxe para mim a sua viagem para o Brasil 

-Enrico trouxe para mim- digo enquanto dobrava as roupas espalhadas pelo quarto e dava para ele colocar na minha bolsa

-É bom?- ele pergunta- É sobre o que?

-Um rapaz trouxa nasceu em uma família bastante religiosa, e eles não aceitam a sua sexualidade então o livro retrata o romance dele com um outro cara e suas discussões com o pai em busca de aceitação- digo 

-Pode me emprestar depois?- ele pergunta e eu assinto terminando de arrumar minhas coisas

-Suas coisas estão prontas?- pergunto e ele assente

-Vem aproveitar um pouco comigo- ele me puxa para a cama me abraçando e enterrando o rosto na curva do meu pescoço- Não quero ir para casa

-É só você ficar comigo- digo o óbvio e ele dá um riso fraco- Fique comigo- digo pegando seu rosto fazendo ele olhar para mim 

-Sempre deusa- ele me beija, um beijo doce e necessitado- Sempre com você- ele diz ao afastar nossas bocas mas permanecer com a testa grudada na minha 

-Eu amo você- digo o puxando para beija-lo novamente 

-Hora de viajar- diz Beatrice entrando de uma vez no meu quarto- Foi mal gente 

-Estraga prazer- Regulus diz jogando um travesseiro nela 

-Desculpa cunhadinho- ela diz rindo 

-Chata- ele diz apontando para ela sair do quarto 

-Também amo vocês- ela diz fechando a porta

-Vamos para casa?- pergunto e ele nega

-Não, quero ficar aqui- ele diz me abraçando 

-Você ficará na minha casa- digo tentando acalma-lo- Não precisa voltar para sua casa hoje 

-Promete?- ele pergunta e eu assinto- Então vamos 

Paramos em seu quarto para pegar suas coisas e descemos as escadas encontrando todos nos esperando. Meus tios aparataram com meus primos, eu com meu pai e meu irmão com Regulus

-Será que Enrico levou Regulus para um bordel de novo?- meu pai pergunta assim que chegamos em casa e os dois ainda não chegaram 

-Não duvido- digo e vejo Minnie abrindo a porta para gente- Olá Minnie

-De novo Enrico?- Regulus aparece gritando com meu irmão que ria- Você jura?

-Bordel?- pergunto e ele assente 

-Isso depois que paramos no galinheiro para devolver a galinha que nos seguiu ontem- ele diz- Aí quando eu acho que vamos vir para cá, eu percebo que seu irmão nos leva para um bordel de novo 

-Enrico- meu pai o repreende 

-Não foi de proposito- meu irmão se defende

-Vamos sair?- Tino pergunta saindo da casa agora com roupas de frio 

-Vamos, tem um café ótimo aqui- digo e eles assentem 

Andamos até o café trouxa próximo a minha casa, ao sentarmos na mesa, levanto com Regulus para irmos ao balcão fazermos o pedido de todos

-Cinco cappuccinos, por favor- peço para a atendente que assente e começa a preparar

-Mais dois dias e voltaremos para escola- Regulus diz colocando a mão na minha cintura e me puxando para mais perto dele, passo os braços pelo seu pescoço lhe dando um selinho logo depois e alguém esbarra em nós

-Desculpe- diz a pessoa

-Sirius?- Regulus pergunta estático ao vê o irmão mais velho 

-Olá- diz Sirius nos olhando sem jeito

A prometidaOnde histórias criam vida. Descubra agora