16-O pesadelo

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Meses Depois

Acordei vendo os raios do sol refletidos no lago negro entrando pela minha janela, sinto o braço de Regulus envolta da minha cintura a apertando, me viro para ele e tenho a visão do seu rosto, a testa um pouco enrugada como se estivesse assustado.

-Pequeno rei- o chamo de forma calma e nada dele acordar, ele começa a respirar de forma pesada e então tenho certeza que ele está tendo um pesadelo já que ele aperta minha cintura me fazendo sentir um pouco de dor- Regulus- o chamo quase gritando e ele abre os olhos rapidamente

Ele passa o olhar pelo meu quarto, pelo meus rosto e desce até minha cintura onde ele ainda está apertando, quando percebe solta de forma rápida

-Me desculpa- ele pede e eu passo a mão no seu rosto

-Está tudo bem- digo e ele fecha os olhos sentindo a palma da minha mão em sua bochecha

-Eu lhe machuquei?- ele pergunta e eu nego, mas ele não acredita em mim e se senta na cama, logo levantando minha blusa da região onde ele apertou que agora estava em um tom avermelhado forte

-Eu estou bem- tento tranquilizá-lo e ele não tira o olhar do hematoma se formando- Regulus, olhe para mim

-Eu sinto muito- ele diz desviando o olhar da minha cintura para mim, e eu percebo como seus olhos estão marejados

-Pequeno rei, eu estou bem- me sento na cama- Você não teve a intenção- passo a mão em seu rosto novamente

-Eu não queria- ele diz e eu vejo uma lágrima teimosa descendo pela sua bochecha então eu a seco rapidamente

-Está tudo bem- digo

-Eu não queria, eu não queria, não tive a intenção- ele entra em um tipo de transe

-Regulus, você não tem culpa- digo mas ele continua repetindo as palavras se desculpando, então eu sento no seu colo e o abraço- Está tudo bem, pequeno rei

Ele se cala passando os braços pela minha cintura e começando a chorar enfiando o rosto na curva do meu pescoço, continuo repetindo que estava tudo bem e ele continuava se desculpando. Ficamos assim por alguns minutos até ele se acalmar e respirar fundo

-Está melhor agora?- pergunto ainda sem o soltar, ele balança a cabeça negando e me aperta mais contra seu corpo

-Eu estou mal por machucar você- ele sussurra ajustando a cabeça na curva do meu pescoço

-Você não teve a intenção- digo beijando seu cabelo enquanto passava a mão pela sua nuca, o acalmando e então olho para seu rosto que agora estava vermelho

-Você é a melhor- ele diz beijando minha bochecha

-Eu sei- digo finalmente o fazendo rir-Quer me contar com o que estava sonhando?

-Estamos a beira de uma guerra Tina- ele suspira e começa a passar as mãos pelas minhas coxas já que eu ainda estou no seu colo- Tenho medo do que pode acontecer

-Acha que farão nós irmos para aquele lado?- pergunto e ele balança a cabeça levemente assentindo- O que quer fazer?

-O que é melhor- ele responde

-Para nós ou para seus pais?- pergunto

-Para nós?- ele pergunta confuso

-Não achou que estaria sozinho nessa, achou?- digo dando um pequeno sorriso- Podemos não estar casados, ainda, mas Regulus você é minha prioridade- digo a mesma frase que ele disse para mim alguns meses atrás

-Eu sou?- ele pergunta

-Você é a minha prioridade pequeno rei, desde aquele jantar até os fim dos nossos dias, entenda que onde você for, eu vou, se precisar de ajuda eu estarei lá para lhe estender a mão, se ficar bravo eu irei buscar pudim para você- digo fazendo ele ri com a última parte e eu pego o seu rosto o fazendo olhar para mim - Você é minha família agora, fui sua prometida, hoje sou sua noiva e futuramente serei sua esposa, e se depender de mim, você nunca mais estará sozinho

-Eu não sei mais viver sem você- ele diz voltando a me abraçar

-Não vai precisar mais viver sem mim pequeno rei- digo beijando sua testa

-Nossas férias de inverno estão chegando, ficaremos na minha casa ou na sua?- ele pergunta depois de um tempo

-Não quer ficar com seus pais, não é?- pergunto

-Não quero ficar longe de você- ele diz tímido me fazendo sorrir

-Meu pai quer ir para Itália nessas férias, já que na próxima será o casamento de Enrico, o que acha de ir conosco?- faço a sugestão

-Eu vou adorar- ele diz sorrindo

-Ótimo, porque você iria de qualquer jeito- digo e ele me olha confuso- Eu posso acidentalmente, ter enviado uma carta para os seus pais na semana passada pedindo para você ir nessa viagem comigo- digo fazendo cara de inocente

-E quando você iria me contar?- ele arqueia uma sobrancelha

-Quando estivéssemos na Itália, talvez- mordo o lábio sorrindo

-Você é incrível- ele abre um sorriso e beija minha bochecha

A prometidaOnde histórias criam vida. Descubra agora