69- Desconfiança

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Harry  Potter P.O.V

-Eu estou bem, pai- o garanto mais uma vez

-Ele está bem, tio- Maya diz tentando convence-lo

-Mas e se ele se machucar de novo?- meu pai pergunta preocupado para minha prima

-Ele não se machucou- Aquila declara

-Pegamos ele a tempo, lembra?- Pietro completa enquanto ajeita o irmão caçula em seu colo- Você é chato, sabia? - ele diz olhando para a criança

-Sou nada, eu sou um bebê- Antônio diz colocando as duas mãozinhas no rosto do irmão mais velho e dando um beijo na ponta do seu nariz, Pietro beija o nariz do caçula devolvendo o carinho- E você me ama

-Vou sentir saudade, carinha- Pietro diz e Antônio joga os bracinhos em seus ombros o abraçando

-Ele vai ficar bem tio, ele tem a gente- Marco diz se sentando na beira da minha cama

-Você vai cuidar dele?- ele pergunta a Maya

-O mais velho sou eu, só pra lembrar- Pietro diz- Isso conta para alguma coisa?

-Ela é a que manda- meu pai diz e os meninos bufam

-Mafiosa- Aquila resmunga

-Eu vou cuidar dele tio, pode ficar tranquilo- ela diz e meu pai a abraça

-Obrigado, miniatura de Black- ele diz

-Não está esquecendo de nada?- ela aponta para bochecha como sempre faz quando esquecemos de cumprimenta-la ou se despedir dela

-Chata- meu pai resmunga e deixa um beijo em sua bochecha- Estou a uma carta de distância - ele diz para gente

-Hora de ir, titio?- Antônio pergunta levantando a cabeça da curva do pescoço do irmão

-Sim Antônio, hora de ir- Meu pai responde- Me chame assim que precisar ou sentir saudades- ele beija minha testa depois que eu assinto

-O senhor vai voltar, no mínimo, daqui duas semanas com alguma desculpa- Marco diz e meu pai puxa uma mecha do seu cabelo- Ridículo

-Me respeita- meu pai puxa seu cabelo de novo

-Me desce, me desce- Antônio pede para descer do colo de Pietro- Até depois, irmãozinho- Ele chama Marco com a mãozinha e faz o mesmo gesto o carinho que fez com Pietro, segurou seu rosto e beijou a ponta do seu nariz

-Ate depois, pingo de gente- Marco diz e beija o nariz do caçula

-Tchau outros meros mortais, nos veremos depois- Antônio acena para gente e chama meu pai- Vamos, padrinho

-Esse menino tá convivendo muito com o senhor- Aquila diz e meu pai revira os olhos pegando Antônio no colo e saindo do quarto

Regulus Black P.O.V

-Devíamos contar a eles?- Martina pergunta enquanto eu enrolo as mangas da minha blusa social branca até os cotovelos, a marca negra ainda pode ser vista em meu braço, mas de uma forma bem desbotada

Tínhamos acabado de voltar de Hogwarts e ela ainda estava preocupada pelo que aconteceu com Harry durante o jogo. Me sinto tranquilo em saber que meu afilhado e meu filho estão cuidando dos mais novos

-Até o momento, não tem com o que se preocupar- digo passando as mãos em seus ombros, tentando conforta-la - Pietro e Aquila não deixarão nada acontecer com nenhum deles

-Nossas crianças, todas as seis, me preocupo até com os gêmeos- ela diz- Aquila e Pietro não deviam ter essa responsabilidade, apesar de já conseguirem se virar muito bem sozinhos

-Eles vão ficar bem- digo

-E sobre o jogo de hoje?- ela pergunta

-Até termos alguma prova, não podemos acusar Severo- digo- Ele pode não ser o fã número um de James, mas ele não faria nada para machucar algum de seus alunos

-E os outros professores?- ela pergunta se sentando no braço da poltrona no canto da sala

-Não gosto daquele Quirrell, ele me parece estranho- assumo- Que tipo de pessoa usa turbante o dia inteiro?

-Ele também fala sozinho- ela diz e eu a encaro- Digo, como posso explicar?

-Com palavras- digo e ela me dá um tapa leve no braço, a puxo para o meu colo assim que me sento na poltrona em que ela está

-Eu andei pelos corredores e ouvi ele falando sozinho, mesmo no mundo mágico, isso não é um bom sinal- ela diz se ajeitando- Fico preocupada com as crianças

-Todos ficamos- digo e encaro o seu rosto, alguns fios de cabelo teimosos que insistem em cair em sua bochecha.

Passo o dedo delicadamente, tirando os fios e deixando o seu rosto livre. Ponho uma mecha do seu cabelo atrás da sua orelha e ela começa a me encara confusa

-No que está pensando, pequeno rei?- ela pergunta curiosa depois que ficamos um tempo calados

-Eu amo você, deusa- digo e ela me dá um sorriso doce- Depois de todos esses anos, eu ainda sinto as mesmas borboletas no estômago só por estar com você

-Você me deu a maior alegria da minha vida- ela diz passando o dedo na minha bochecha e na ponta do meu nariz

-Nossos filhos?- pergunto já sabendo a resposta

-Não, a herança dos Black- ela diz segurando o riso e eu bufo- Obrigada por essa família

-Obrigado por ter ficado- digo- Mesmo depois de tudo, você ficou

-Eu não iria a lugar nenhum sem você- ela diz e eu ponho a mão em seu rosto, a trazendo para mais perto

A prometidaOnde histórias criam vida. Descubra agora