Maratona (03 / 06)
𝑄𝑢𝑎𝑟𝑡𝑎-𝑓𝑒𝑖𝑟𝑎, 7 𝑑𝑒 𝑗𝑎𝑛𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑑𝑒 2004
- Oi, linda.
- Cacete! Lee, assim você me mata do coração.
Eu já estava em seus braços no momento em que terminei a frase, no ar frio do estacionamento do trabalho. Eu saíra tarde, sem prever nada de mais excitante do que o trânsito moroso ao voltar para casa na hora do rush, e lá estava ele, me esperando ao lado do meu carro. O estacionamento estava precariamente ilumina do, quase às escuras.
Ele me beijou calma e delicadamente.
- O que está fazendo aqui? - perguntei.
- Acabei cedo. Resolvi para algum lugar. fazer uma surpresa. Vamos sair para algum lugar.
- Posso passar em casa para me trocar?
- Você está perfeita desse jeito.
- Não, sério, trabalhei o dia todo, prefiro mudar de roupa...
- Entre.
Ele abriu a porta de um carro estacionado logo atrás do meu.
- Gostei do carro - falei, me sentando no banco da frente. O que houve com o seu?
- Eu vim direto do trabalho disse ele. É o carro para uso profissional.
- Entendo. E qual seria esse trabalho?
Não recebi resposta para essa pergunta, é claro. Ele estava elegantemente vestido, com um terno escuro e uma camisa cinza-escura por baixo, de barba feita. Eu me perguntei se ele teria vindo direto do trabalho ou se havia passado na academia. O carro não tinha nada que o distinguisse de qualquer outro. Nenhum CD à vista, nem tíquetes de estacionamento, muito menos algum adesivo com permissão para estacionar no trabalho colado ao para-brisa.
Tomamos um caminho que levava para fora da cidade.
- Para onde estamos indo?
- Para um lugar um pouco diferente.
Ele apoiou a mão na minha coxa enquanto dirigia, sem tirar os olhos da pista. Aquele contato repentino me deixou um pouco excitada, apesar do meu imenso cansaço. Ele levantou minha saia para poder tocar a pele da perna. Por um instante pensei que iria ainda mais longe, mas ele ficou por ali, a mão descansando sobre minha coxa. Coloquei minha mão sobre a dele.
- Estamos com tempo de sobra - disse ele depois de um momento. - Podemos dar uma paradinha. O que acha?
Ele não estava falando em parar para admirar a paisagem, é claro, embora tenha ao menos esperado até encontrar um lugar razoavelmente interessante. Era um estacionamento no alto de um morro. O lugar fechava à noite, mas felizmente não tinham se preocupado em trancar o portão. Seguimos com o carro por uma trilha escura através das árvores até alcançarmos uma clareira. As luzes da cidade se estendiam pelo vale lá embaixo.
Lee soltou seu cinto de segurança e olhou em volta, para a semiescuridão lá fora. Havia outro carro estacionado em um canto, mas sem sinal algum de pessoas dentro dele, embora estivesse escuro demais para vermos com nitidez.
Foi bem desconfortável dentro do carro, mesmo com os bancos totalmente deitados, então acabamos indo para fora e nos apoiando na porta do carro, minha saia levantada até a cintura, a calcinha arrancada e jogada em algum lugar. Seu rosto contra meu peito, minhas mãos em seu cabelo, e eu sem saber se tremia de frio ou de excitação, com os saltos dos sapatos afundando na terra macia.
VOCÊ ESTÁ LENDO
No Escuro
Lãng mạnCatherine Bailey aproveitou a vida de solteira o bastante para reconhecer um excelente partido quando o encontra: lindo, carismático, espontâneo... Lee parece bom demais para ser verdade. Suas amigas concordam plenamente e, uma a uma, todas se deixa...