#44# ANY

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Abri os olhos enquanto me acostumava com a luz que entrava pela janela e movi o corpo para o lado, espichando-o e espreguiçando. Percebi que Josh  não estava ao meu lado, mas aquela não era a primeira manhã que eu acordava e ele já havia se levantado. Estávamos dormindo juntos desde que o Luther apareceu, o que já fazia uma semana. Todos os dias, o Josh  acordava bem cedo, fazia o mínimo de barulho possível, saía para correr e depois ia para a destilaria.








Durante aquela semana, não houve sexo, nem da forma dele nem do jeito mais carinhoso, apenas dormimos e ele vigiou meu sono para que eu não revivesse, através de pesadelos, os momentos horríveis de abuso.








Levantei da cama, fui até o banheiro, fiz minha higiene pessoal, troquei de roupa no meu quarto e desci para a cozinha.








Antes que eu chegasse na porta, fui tomada por um delicioso cheiro de torta.







— O que está fazendo? — perguntei para a Elga, que olhou para mim com um sorriso.





— Torta de framboesas, gosta?



Fiz que sim.




— O senhor, quando era bem menino, comia até encher, se lambuzava todo e depois ficava reclamando de barriga doendo.







Ri ao pensar no Josh, todo cheio de pompa, com dor de barriga.






— Imagino que ele deveria ter sido uma criança adorável.







— Era um pentelho. — Elga fez uma careta e nós duas gargalhamos juntas.







Cheguei mais perto e ela apontou para o meu café da manhã, que estava em um canto do balcão. Puxei uma cadeira e beberiquei o copo de leite.









— Como você está, menina? — Elga não foi específica, mas soube bem sobre o que ela estava perguntando. Havia poucos empregados naquele castelo e todos deveriam estar fofocando sobre a morte do noivo da mãe do Josh  e o que ele havia tentado fazer comigo antes de morrer.







— Estou bem. — Sorri, ainda que sem jeito.






Era verdade, eu estava bem. Dormindo nos braços do josh , era difícil ter pesadelos. Sabia que poderia até não estar segura cem por cento do tempo, mas sempre o teria perto de mim para me proteger.







— Fico contente. — Elga me deu um beijo no alto da cabeça antes de pegar uma luva de pano para tirar a torta do forno.







— Eu adoraria fazer um bolo mais tarde, sabe se tem os ingredientes?




— Se for bolo de chocolate, tem sim. O que não tiver, podemos ir em Glencoe comprar.








— Que ótimo!




— Pensa em bolos depois e come a sua panqueca.


— Okay! — Ri ao derramar um pouco mais de mel e depois partir um pedaço com o garfo.







— E como você e o senhor estão?




— Bem — respondi rápido demais. — Acho que bem...






— Por que “acha”?






— Estamos dormindo juntos todos os dias, ele me faz alguns carinhos delicados, me dá alguns selinhos, mas, desde que a mãe dele apareceu, não me leva para a masmorra.









— Por que acha isso ruim? Aquele lugar é terrível, parece um filme de terror. — Ela se remexeu, estremecendo, como se tivesse sido atravessada por um calafrio.







— Não é tão terrível assim. — Senti minhas bochechas corarem ao me recordar do que havíamos feito naquele lugar.




— Se você está dizendo.





— Elga deu de ombros. Eu amava ter o Josh  protetor, mas eu o queria inteiro, até mesmo o seu lado mais sombrio.



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Bjs

Desculpa pelo capitulo pequeno.....

Comprada por JOSH ( ADAPTAÇÃO )Onde histórias criam vida. Descubra agora