Abri os olhos enquanto me acostumava com a luz que entrava pela janela e movi o corpo para o lado, espichando-o e espreguiçando. Percebi que Josh não estava ao meu lado, mas aquela não era a primeira manhã que eu acordava e ele já havia se levantado. Estávamos dormindo juntos desde que o Luther apareceu, o que já fazia uma semana. Todos os dias, o Josh acordava bem cedo, fazia o mínimo de barulho possível, saía para correr e depois ia para a destilaria.
Durante aquela semana, não houve sexo, nem da forma dele nem do jeito mais carinhoso, apenas dormimos e ele vigiou meu sono para que eu não revivesse, através de pesadelos, os momentos horríveis de abuso.
Levantei da cama, fui até o banheiro, fiz minha higiene pessoal, troquei de roupa no meu quarto e desci para a cozinha.
Antes que eu chegasse na porta, fui tomada por um delicioso cheiro de torta.
— O que está fazendo? — perguntei para a Elga, que olhou para mim com um sorriso.
— Torta de framboesas, gosta?
Fiz que sim.
— O senhor, quando era bem menino, comia até encher, se lambuzava todo e depois ficava reclamando de barriga doendo.
Ri ao pensar no Josh, todo cheio de pompa, com dor de barriga.
— Imagino que ele deveria ter sido uma criança adorável.
— Era um pentelho. — Elga fez uma careta e nós duas gargalhamos juntas.
Cheguei mais perto e ela apontou para o meu café da manhã, que estava em um canto do balcão. Puxei uma cadeira e beberiquei o copo de leite.
— Como você está, menina? — Elga não foi específica, mas soube bem sobre o que ela estava perguntando. Havia poucos empregados naquele castelo e todos deveriam estar fofocando sobre a morte do noivo da mãe do Josh e o que ele havia tentado fazer comigo antes de morrer.
— Estou bem. — Sorri, ainda que sem jeito.
Era verdade, eu estava bem. Dormindo nos braços do josh , era difícil ter pesadelos. Sabia que poderia até não estar segura cem por cento do tempo, mas sempre o teria perto de mim para me proteger.
— Fico contente. — Elga me deu um beijo no alto da cabeça antes de pegar uma luva de pano para tirar a torta do forno.
— Eu adoraria fazer um bolo mais tarde, sabe se tem os ingredientes?
— Se for bolo de chocolate, tem sim. O que não tiver, podemos ir em Glencoe comprar.
— Que ótimo!
— Pensa em bolos depois e come a sua panqueca.
— Okay! — Ri ao derramar um pouco mais de mel e depois partir um pedaço com o garfo.
— E como você e o senhor estão?
— Bem — respondi rápido demais. — Acho que bem...
— Por que “acha”?
— Estamos dormindo juntos todos os dias, ele me faz alguns carinhos delicados, me dá alguns selinhos, mas, desde que a mãe dele apareceu, não me leva para a masmorra.
— Por que acha isso ruim? Aquele lugar é terrível, parece um filme de terror. — Ela se remexeu, estremecendo, como se tivesse sido atravessada por um calafrio.
— Não é tão terrível assim. — Senti minhas bochechas corarem ao me recordar do que havíamos feito naquele lugar.
— Se você está dizendo.
— Elga deu de ombros. Eu amava ter o Josh protetor, mas eu o queria inteiro, até mesmo o seu lado mais sombrio.
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Bjs
Desculpa pelo capitulo pequeno.....
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Comprada por JOSH ( ADAPTAÇÃO )
Fiksi PenggemarEssa história tem classificação acima de +18 anos .. se vc for menor nao Leia... Joshua Kely Beauchamp é herdeiro de um império secular que rege com maestria. No entanto, por trás do excêntrico e recluso homem de negócios, que vive em um isolado ca...