#5# josh

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Continuação...

- Uísques Royal BeauChanp. - Droga! Estava me revelando demais. Se Wallace torrasse a minha paciência por ter me metido em algum escândalo sexual, não poderia culpá-lo.

- Ah, claro. Meu resort compra diretamente com você as bebidas. Paradise Resort, nas Ilhas Maldivas.

- Claro, senhor Urreia. - Havia realmente um sobrenome Urreia em meus relatórios, mas nunca o iria ligar a uma pessoa, entretanto, isso não importava, bastava ser cordial e não me meter em problemas.
- Prazer em conhecê-lo, mesmo que a situação seja inusitada. É um cliente antigo. - Meu avô lidou com essa parte há um tempo e, quando faleceu, eu assumi.

Fazia todo sentido, já que algum Urreia fazia pedidos há décadas, o que certamente não condizia com a idade do homem à minha frente. O tal Noar não deveria ter mais do que trinta e cinco anos.

- Negócios de família? - Senhores. - A mulher que me recepcionou, retornou à sala na companhia de dois homens corpulentos que seguravam um pano preto.
- Por questão de segurança do Clube Secreto e a de vocês, a partir de agora, não é permitido ver ou falar até o momento em que chegarmos ao nosso destino. Querem dizer algo?

Neguei com a cabeça, olhando para o Noar e depois para o meu segurança, que pareceu alarmado. A ideia de sermos levados às cegas para algum lugar não o agradava, mas, confesso que me deixou um pouco excitado. Estava muito ansioso para saber o que me aguardava nesse Clube Secreto.

Respirei fundo quando a minha cabeça foi coberta pelo saco preto de algodão. As fibras estavam presas bem juntas, o que não me permitia ver nada, porém, possibilitava que eu respirasse sem dificuldades.

O convite para o Clube Secreto veio de uma empresa que agenciava as prostitutas de luxo com quem eu transava. Eu não fazia perguntas e sempre mantinham o meu sigilo. Provavelmente, ao saberem do tal evento, deduziram que eu era um convidado perfeito: rico e com gostos excêntricos para o sexo.

Senti as mãos leves da mulher repousarem sobre meus ombros enquanto ela nos guiava. Não sabia para onde estava indo, até que ela me ajudou a sentar em um estofado e colocou um protetor auricular sobre a minha cabeça, protegendo meus ouvidos do som estrondoso das hélices do helicóptero. Não fiquei nervoso em nenhum momento, mas estendi o braço para certificar-me de que o meu segurança estava comigo.

Assim que o helicóptero pousou, as mãos suaves da mulher me guiaram novamente. Percebi a mudança do chão sobre os meus pés, do áspero concreto para algo mais frio e rígido. Percebi que a luz entrava por algumas frestas do capuz, mas meus olhos estavam acostumados com a escuridão. Fui obrigado a fechá-los assim que o capuz foi removido e uma luz forte envolveu o meu rosto. Pisquei algumas vezes, até me acostumar com a iluminação. Logo que a minha visão retomou o foco, vi um belo lustre de cristal que pendia do teto, similar àqueles que via em inúmeros castelos, inclusive no meu.

A decoração do ambiente era luxuosa, foi como entrar em um saguão de uma mansão imperial ou de um palácio. Eu não esperava menos, devido ao oneroso valor que me cobraram para estar ali. Caminhamos por um corredor e reparei nos afrescos nos tetos, emoldurados por bordas douradas. Eles lembravam pinturas renascentistas, como as da Capela Sistina, mas não representavam cenas religiosas e sim imagens eróticas de sexo explícito. Bacanais gravados e inúmeras posições do Kama Sutra. Era um lugar decorado para o seu objetivo, proporcionar sexo e prazer aos convidados.

Meu olhar encontrou o de Noar e apenas nos encaramos antes de voltar a nossa atenção para a mulher que havia nos guiado até ali. O vestido que ela usava havia dado lugar a algo bem mais provocante, obrigando-me a esquadrinhar suas curvas mais uma vez.

Comprada por JOSH ( ADAPTAÇÃO )Onde histórias criam vida. Descubra agora