CAPÍTULO 16

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ELEANOR

"Tinha tudo certo para nossa noite dar errado
e se transformar em um verdadeiro caos"
- Katherine Miller



    — É óbvio que nós vamos nessa festa! — São as primeiras palavras que Max diz após exatas duas horas que Bryan saiu. O relógio marca dez horas da noite e ele saiu as oito. Meu amigo está colocando suas roupas enquanto o encaro com desconfiança. — Não diga para o Bryan, mas o pessoal da Agnus dá as melhores festas. São de arrasar, e você vai comigo.

    — Não sei não, Max. — Suspiro, mordendo o interior da bochecha. — Prometi pro Bryan que não iria por lá ser um lugar mais barra pesada.

    — E ele é seu pai agora? — Retruca, colocando o último botão da sua camiseta vinho. — Se for, vocês estão cometendo um incesto.

    — Ew, que nojo! — Faço careta, jogando um travesseiro nele. — Não é essa a questão. Apenas não queria quebrar uma promessa quando estamos tão bem, sabe?

    — É só ir escondida! — Segura minhas mãos junto de um bico gigantesco nos lábios. Eu mereço uma pitada de drama. — Já fui em uma festa desse tipo da Agnus, o terreno que eles alugam é enorme. Ele estará a trabalho, distraído. Quais são as chances de nos encontrar?

    — Max...

    — Por favorzinho, El!

    Capturo meu lábio inferior entre os dentes, pensando na sua proposta. Realmente, as chances de Bryan nos ver serão pequenas. Tanto pelo tamanho do lugar, quanto se pensarmos no número de pessoas que estarão lá. Ele sempre diz que essas festas lotam como nenhuma outra. Não queria passar o meu fim de semana sozinha, pois se eu não for, Maxwell vai arrumar outra pessoa para ir com ele. Afinal, que mal há? Estarei com um amigo. Com meu melhor amigo, que apesar de ser meio doido e ter muito fogo no seu rabo, me protege em todas as situações.

    — Você promete que não vai desgrudar de mim? Nem se quiser beijar outra pessoa e vice-versa?

    — Prometo! Juro por tudo o que há de mais sagrado para mim nesse mundo.

    — Promete pela Violet? — Faço menção a sua cachorrinha, que mora na casa dos seus pais. Ele fala tanto desse animalzinho que parece que é sua filha humana.

    — Pela minha filha! — Estende a mão para que fechemos o nosso "negócio".

    Aperto firmemente. — Tudo bem então. Ah, e se o Bryan me ver, o que eu faço?

    — Sei lá. Não vamos pensar nisso agora. — Caminhamos até o meu quarto, onde ele abre o meu armário. — Vamos escolher o seu look. Tem que estar vestida como uma bad girl, todas as garotas lá estarão assim. Não chegue bancando a patricinha.

    Rolo meus olhos antes de olhar para minhas roupas – que em sua maioria, devo admitir, trazem a impressão de que sou mesmo uma patricinha – escolhendo a mais bad girl possível: Um vestido grudado preto, que possui como acessório um cinto acinzentado brilhante para dar um ar a mais na peça, botas coturno vinho, um colar de prata que ganhei da minha irmã e brincos discretos. Viro-me para Max, sorrindo satisfeita com minha imagem no espelho, passando um batom vermelho só para complementar.

    — Minha bunda fica enorme nesse vestido. — Digo olhando de relance para ela. Ele não é muito curto, chega na metade das minhas coxas. Porém, quando me movo muito, o tecido sobe. — Está muito chamativo? Tô pensando em trocar...

    — Não! — Interrompe, dando um tapa estalado na minha bunda. Solto um gritinho. — Você tá muito gostosa. Vai conseguir arrumar uma boca para beijar facilmente.

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