Uma Festa Para Lembrar

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Delilah

Todos os anos, a Lantern dava uma enorme festa de halloween para seus amigos mais próximos com fantasias dignas da época e este se tornava o único assunto na internet por semanas, as fotos se tornando icons instantaneamente.

Infelizmente para mim, estive tão ocupada fazendo fantasias para os meninos ― que haviam escolhido ir como os cinco amigos monstros de Hotel Transilvânia ― que acabei esquecendo da minha própria fantasia, o que era inaceitável, visto que eu era estilista deles.

Assim, acabei com Holly fazendo uma maquiagem de gata em meu rosto enquanto fazíamos uma vídeo-chamada com Amélia, as duas se deram bem imediatamente e a conversa rendeu como se fossemos todas grandes amigas de longa data.

Terminei colocando um arco com orelhas felinas na cabeça e fingindo modéstia em vez de esquecimento. Definitivamente não me encaixaria diante das fantasias super elaboradas dos convidados, mas também não tinha interesse em me destacar diante dos flashes. Quanto mais baixo eu voasse, melhor, queria que minhas criações chamassem atenção, não eu.

Holly estava vestida como Wednesday Addams e Miranda, percebi ao chegarmos na festa, estava fantasiada como uma Malévola sexy e perseguia um pobre Ash vestido de Griffin, o Homem Invisível, o que eu tinha que admitir ser uma cena engraçada, pois não tendo como lhe fazer invisível de verdade, combinamos que ele usaria um lençol além dos famosos óculos.

Holly e eu tomamos ponche e conversamos com Naev, vestido como o lobisomem Wayne e com as crianças lobisomens de pelúcia costuradas por toda sua roupa, era impossível permanecer séria.

Ele nos apresentou a Reece, seu namorado e guarda-costas e senti um aperto no coração ao ver que ele não estava vestido de Wanda. Todos estavam acostumados a ver fotos dos juntos na mídia por causa do trabalho de Reece, mas parecia muito com testar a sorte usar fantasias combinando em uma festa cheia de fotógrafos. Um dia eles teriam a vida que mereciam, mas isso não me impediu de sofrer pelo seu presente roubado.

Dançamos com George de Murray, a múmia, e depois de minha amiga me deixar para ir conversar com um Matt Frankenstein, me encontrei sozinha com um Ian de Drácula em uma festa lotada.

― Quer sair daqui? ― Perguntou ele se aproximando do meu ouvido para se fazer ouvir sobre a música alta.

― Isso está se tornando um padrão ― disse em tom de provocação. ― Sempre que estamos com outras pessoas você busca uma razão para ficar sozinho comigo.

― Isso é um não? ― retrucou sorrindo.

― Claro que não ― peguei seu braço. ― Vamos.

Saímos da festa sem que ninguém percebesse, o que não foi fácil com tantos paparazzi a espera de um click, mas Ian estava bem mais acostumado com essa vida do que eu e sabia exatamente o que fazer. Entramos no carro e ela se inclinou na direção de Paolo:

― Rode pelo bairro, sim?

Paolo acenou sem fazer perguntas e engatou o carro.

― Algum lugar em mente ou apenas andaremos em círculos? ― indaguei.

― O que você acha disso? ― devolveu quando passamos em frente de uma casa mal-assombrada aberta ao público.

― Com vontade de me assustar, Ian? ― eu estava totalmente flertando com ele e não estava mais fazendo questão de esconder.

― Não acho que você seja do tipo que se assusta fácil ― respondeu com seu sorriso de ouro.

― Aceito o desafio ― concordei.

A Chance de DelilahOnde histórias criam vida. Descubra agora