Fora dos planos

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*S/n on *

Nesse momento percebi que passara boa parte da vida boiando sozinha na escuridão.

Esmurrei, bati, me debati, chutei.

Fiz isso até a minha última gota de energia...

Até atingir a mais profunda exaustão...

*S/n off*

O gigante pássaro branco aterrissou na borda da floresta e os dois homens desceram.

– Vamos logo, Deidara, sem enrolação.

O ruivo já estava um pouco mais a frente enquanto o loiro ainda mexia em algo próximo à besta de argila.

Deidara – Estou preparando mais um pouco da minha argila explosiva, Mestre Sasori, não quero ser pego desprevenido.

Sasori segurou as têmporas buscando por um fio de paciência. Deidara fazia isso toda vez, era insuportável. Eles nunca conseguiam chegar no horário. Um dia desses ele ainda pediria para Pain trocar a sua dupla das missões...

Deidara – Certo, vamos. Humf! – disse determinado.

Os dois caminharam em silêncio e atentos pela floresta. O pássaro de Deidara teve que ficar um tanto distante para não chamar atenção desnecessária.

Sasori – Ali. Acho que chegamos.

O mestre das marionetes apontou uma abertura nas árvores que dava para o encosto da montanha. Escavadas ali, estavam duas imensas portas de pedra. As colunas que sustentavam a entrada tinham entalhadas em si duas imensas cobras que se enroscavam.

O covil do Orochimaru.

Deidara se apressou para a entrada do lugar. Sasori caminhou calmamente atrás do loiro.

As bocas das mãos de Deidara começaram a mastigar argila explosiva freneticamente.

Sasori – O que pensa que está fazendo?

Deidara – Arquitetando nossa entrada.

Sasori quis esmurrar Deidara.

Sasori – Qual é o seu problema? Isso é uma missão de espionagem. Temos que entrar e sair sem sermos percebidos.

Sasori empurrou Deidara com os ombros ao passar por ele. O Mestre dos Bonecos se aproximou da porta xingando Deidara de todos os nomes possíveis em pensamento.

Sasori – Fracamente, Deidara, você não podia ter um temperamento melhor?

Deidara – Humf. Não sei do que você está falando.

Sasori ignorou seu comentário e se concentrou em pensar em como entrar ali discretamente.

Ele ergueu seu dedo indicador, concentrando seu chakra naquele ponto para que houvesse uma modificação em seu formato. Então o colocou na fechadura e seu dedo se moldou a ela perfeitamente. Sasori agradeceu a si mesmo pela sua genialidade artística de ter se tornado uma marionete.

A porta simplesmente se abriu, sem fazer qualquer ruído.

Sasori – Viu, Deidara? Sútil. É isso que falta na sua arte: sutileza.

Deidara revirou os olhos. Arte não era aquilo, arte tinha que ser chamativa. Explosiva.

Deidara – E que graça tem nisso?

Renascida na Akatsuki +18Onde histórias criam vida. Descubra agora