Donos do cabaré

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*S/n on*

Gaara - Ou será que você não está interessada em poder proteger a Akatsuki, S/n Senju?

Por vários segundos, eu fiquei completamente congelada.

Não ousei respirar, não ousei piscar. Até mesmo as batidas do meu coração forcei a se acalmarem: qualquer indício de nervosismo que mostrasse para Gaara seria crucial.

Mas minhas veias ferviam em pânico. Meu primeiro pensamento foi em Sasori, sozinho na casa do Kazekage e a mercê de dezenas, centenas, de jounins. 

E se tudo isso não passou de um plano para nos separar e capturar?

Tentei repassar todos os nossos passos e identificar qualquer erro, o menor possível. Eu havia feito tudo como Obito e Pain haviam me instruído, não saí um único segundo do personagem. Podia dizer o mesmo de Sasori.

E então um pequeno deslize me veio  à mente.

Os bilhetes com Obito pelo kamui.

Puta que pariu.

Busquei meu chakra, o qual estava encoberto pelo da Mahina verdadeira, e comecei a agitá-lo perigosamente. Não no intuito de lutar contra Gaara, não era burra, sabia que não tinha chances contra ele estando sozinha e no seu território. Mas busquei que meu chakra agitado, de alguma forma, chamasse a atenção de outra pessoa...

Obito! Obito! Caralho, Obito, deu muito ruim. Tô na merda, porra! Então seria muito útil se você pudesse fazer alguma coisa. - Comecei a gritar em pensamento, torcendo pra que ele realmente tivesse uma maneira de me ouvir ou sentir.

Mas por fora permaneci calma. Vesti uma máscara de tranquilidade fria e impenetrável.

Abri um sorriso deslumbrante e dei um longo gole de vinho. Fixei os olhos verdes do Kazekage, mostrando que não temeria o demônio que ele escondia ali.

S/n - Do que está falando, Gaara-Sama? Eu? Uma Senju? Aquela Senju bastarda e feita em laboratório que agora é brinquedinho dos renegados? - Fiz questão de colocar todas as minhas feridas para fora, de expor todas as inseguranças e coisas que eu mais odiava em mim mesma. - Peço que me respeite caso não queira a Chuva como inimiga.

Gaara levantou um canto dos lábios com diversão. 

Gaara - Tire seu diadema então. Se não tiver um losango lilás na sua testa, peço perdão de joelhos.

Minha máscara sofreu um trinco. Se eu tirasse o diadema ele veria o símbolo do Byakugou e não restariam dúvidas. 

Gaara - Estou esperando, S/n. Vai tirá-lo ou prefere que eu mesmo faça isso? - Toda a areia ao redor começou a se agitar perigosamente.

Estávamos literalmente no meio do deserto, se Gaara quisesse, ele poderia me soterrar numa fração de segundos.

OBITO!! - Gritei na mente novamente.

S/n - Seria uma ofensa se fizesse algo do tipo, Kazekage-sama. - Respondi ainda no mesmo tom cordial e doce, ainda com o sorriso gentil nos lábios. 

E então os olhos de Gaara ficaram cor de areia em órbitas negras. Uma voz distorcida saiu de sua boca. 

Gaara - Meu jinchuuriki pode ser paciente e bondoso, Senju, mas eu não sou. Acabe com o teatro, a menos que queira lidar comigo...

Renascida na Akatsuki +18Onde histórias criam vida. Descubra agora