O preço da manipulação

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* S/n on*

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* S/n on*

Chovia forte conforme eu fazia o caminho para a casa de Itachi. 

Na verdade, eu poderia ter evitado a chuva. Eu poderia ter chegado na casa do Uchiha bem antes das gotas geladas despencarem do céu. Mas eu estava vagando em círculos pelas trilhas da montanha, mal conseguindo respirar.

Tudo que passava na minha mente, numa reprise eterna, era a conversa de Obito com Zetsu. Sua conversa com ele e depois a expressão desesperada de seus olhos ao me ver ali. O que mais me atormentava era não conseguir distinguir se aquele desespero era resultado do fato de eu ter descoberto, ou por ter ido embora. 

Eu não sabia mais ler o Uchiha. Ele antes era meu parceiro, nós estávamos sempre em sintonia, mas agora... 

Agora Obito não passava de um estranho para mim. 

Um mentiroso. 

Um manipulador. 

E pensar que todas essas coisas estavam vinculadas à mesma pessoa que tinha me feito mais feliz do que sequer ousei sonhar em ser, era destruidor. 

Eu me sentia completamente perdida, sem realmente saber para onde ir. Onde eu tinha um lar senão na Akatsuki? Senão com Obito? 

Mas nada daquilo existia mais. 

Minha mente não me dava um segundo sequer de paz. E como se não bastasse trazer os acontecimentos mais recentes e dolorosos à tona, meus malditos pensamentos resgatavam os momentos mais calorosos. Os mais quentes e alegres. Tudo parecia um grande retrato destruído no chão, uma grande mentira. 

Um teatro de fantoches, o qual Obito manipulou perfeitamente...

Quando avistei a casinha de Itachi entre as árvores, diminui a velocidade da caminhada. Passei a arrastar meus pés pela grama encharcada da floresta.

Não sabia o que faria com a minha vida dali em diante, mas sabia que poderia ficar na casa de Itachi o tempo que precisasse. 

Bom, pelo menos você não é uma sem teto, S/n. 

Ri comigo mesma da minha tentativa deplorável de ver o copo meio cheio. Mesmo que na verdade eu estivesse mais para uma Senju bastarda e aberração que não tinha para onde ir... A história da minha vida. 

Meu peito apertou mais uma vez ao pensar na casa que seria minha. No primeiro lar que eu poderia escolher ficar, que poderia construir do meu jeito...

Limpei uma lágrima teimosa que escorreu dos meus cílios e se misturou com a chuva. Peguei a chave que Itachi me dera e abri a porta da entrada. A madeira rangeu ao abrir. 

Eu estava tão distraída na minha própria miséria, que nem ao menos senti que já tinha um chakra naquela casa. Quase infartei quando vi o vulto alto e esguio na sala.

Renascida na Akatsuki +18Onde histórias criam vida. Descubra agora