𝑳𝑰𝑭𝑬𝑻𝑰𝑴𝑬 :: 𝒋𝒂𝒓𝒊𝒂𝒏𝒂

16.

justin bieber.

Eu não sabia muito bem o que estava fazendo, mas precisava agir e rápido. Assim que deixei o aeroporto, eu liguei pro Chaz e contei o que tinha acontecido. Chloe estava indo pra Nova York, porque Ryan ainda está se recuperando, e Alisha, Chaz e Sofia estavam voltando pra casa. Eu liguei pro Scooter e contei o que tinha acontecido, ele me disse que iria fazer algumas ligações pra descobrir melhor o que tinha acontecido, mas me pediu para manter a calma e não surtar.

Minhas veias pulsavam de ódio. Eu odeio Isaac Kordei, e odeio que Ariana já tenha beijado ele. Eu não conseguia entender como ele teve a coragem de dizer tudo o que disse pra ela, de prometer que não iria prendê-la, apenas para fazer com que ela confessasse. Eu só não conseguia entender uma coisa, por que ele não a prendeu antes? O que Isaac estava esperando para prender Ariana, se tudo o que ele precisava, ele teve no primeiro encontro com ela?

Enchi um copo com whisky, e bebi tudo em um gole só. Puxei meu celular do bolso, e comecei a encará-lo. Eu preciso de uma mensagem sequer do Scooter dizendo que já tinha encontrado Ariana, e que ele já estava trabalhando em libertá-la. Mas não tinha nada. Bebi mais alguns copos de whisky, e resolvi que precisava relaxar a mente. Eu precisava esfriar a cabeça. Desci e caminhei até o mercado mais próximo, comprei um maço de cigarros e traguei o primeiro. Sentir o efeito da nicotina no meu sangue não tem preço. É sempre satisfatório.

Meu celular começou a tocar, mas não era Scooter. Eu deslizei o dedo para desligar a chamada, e voltei a prestar atenção no meu cigarro. Outra vez ele começou a tocar, e eu retornei a desligar a chamada. Não podia ocupar a linha com uma ligação qualquer, quando Scooter poderia me ligar a qualquer momento. Da terceira vez que tocou, eu decidi atender.

— Porra, quem é? — Perguntei com raiva na voz.

— Isso é jeito de falar com o seu velho? — Franzi o cenho, e revirei os olhos.

— O que você quer? — Perguntei sem ânimo algum.

— Eu já disse que quero te ver. — Ele disse com cinismo.

Jeremy embarcou em um papo chato sobre como eu preciso amadurecer e como eu deveria escutá-lo, enquanto eu constantemente revirava os olhos sentindo o tédio em cada lufada de ar que eu soltava.

— Ok, eu não sei de onde veio essa política de boa vizinhança, mas eu já estou de saco cheio de ter que escutar você falando sobre perdão. — Confessei, e escutei a risadinha de Jeremy do outro lado da linha. — Você vai ter dez minutos, e nada mais do que isso.

— Dez minutos é o suficiente. — Ele disse e me passou o endereço para encontrá-lo.

Desliguei o telefone sem ao menos me despedir, até porque nós nos veríamos muito em breve. Tomei uma ducha rápida, e coloquei uma jeans e uma camiseta. Sai de casa e caminhei até o endereço da cafeteria que Jeremy havia me dado. Assim que eu entrei, me sentei em uma mesa qualquer e esperei por Jeremy. Pedi um café e comecei a observar ao redor. Ele estava atrasado, como sempre. Por sorte, eu já estou acostumado com esses atrasos do Jeremy.

— Eu me atrasei, desculpe. — Ele disse assim que sentou.

— Você sempre se atrasa. — Murmurei e dei de ombros. — Seus minutos estão passando...

— Faz muito tempo desde a última vez... — Ele comentou. Eu o encarei com curiosidade, porque eu realmente quero saber até onde esse cinismo dele vai. — Você sumiu e as crianças estão sentindo a sua falta. Você deveria aparecer em casa de vez em quando, sua mãe ficaria feliz em te ver.