Gosto de quando a brisa passa pelo meu rosto e enche os meus pulmões com ar limpo. Gosto de sentir a grama aos meus pés e gosto de sentir os pingos de chuva caindo pelo meu corpo. Gosto de me divertir com quem eu amo e gosto mais ainda do sentimento de amor. A sensação quente, mas ao mesmo tempo fria, de quando se está amando. A excitação ao ver a pessoa, ao se empolgar apenas por ter ganhado um simples abraço.
Há poucas coisas que eu não me arrependi nessa vida e amar é uma delas. Eu amei cada momento e pessoa, amei cada sentimento e me permiti agarrar qualquer pequeno fio de felicidade. Me apaixonei todas as noites por ela e sorri todas as vezes em que ela me contava uma piada. Eu chorei quando não conseguia fazer o nosso bebê parar de chorar, mas também sorri quando a observei caminhar pela primeira vez. Eu briguei por ela e brigaria até hoje.
— Posso te contar uma história? — Pergunto para a senhora ao meu lado e ela assente levemente. — Haviam dois jovens que testemunharam de um amor de filme. Eles eram aventureiros e tiveram muitas aventuras para enfrentar, até que finalmente ficassem juntos. Ela era a garota mais linda do mundo e ele era o cara mais feliz do universo. Ela o fazia feliz.
— Eles se casaram?
— Sim. E tiveram uma linda menina. Embora, eles escolheram ter apenas um filho, o amor deles durou por anos e dura até hoje. Eles se amavam como ninguém jamais imaginou que seria capaz. — Digo com um sorriso enorme no rosto.
— E qual é o final da história? — Ela me encara curiosa.
— Vovó! — Escuto um gritinho animado e abro um sorriso no mesmo instante. Não vou conseguir terminar a história. — É a Brianna, vovó! Eu senti saudades!
— Oi, minha princesinha! — Digo ao vê-la correndo de braços abertos. Brie abraça a mulher ao meu lado e em seguida, corre para me abraçar. — Você se esqueceu do vovô, Brianna?
— Que vovô dramático, eu amo vocês dois! — Ela se senta no meu colo. — A mamãe foi levar as cobertas da vovó pro quarto dela. Ela disse que já vai vir falar com vocês.
— Tudo bem, querida. Obrigado. — Faço cócegas na barriguinha dela e escuto sua gargalhada alta. — Como estão as coisas na escola?
— Ah, continua chato! Ontem eu tive aula de matemática e eu gosto muito, mas a professora não me deixa ajudar o meu namorado. — Ela diz e dá de ombros como se estivesse triste. — O Lucas é péssimo em matemática, é bonitinho.
— Brie, querida, você não tem só dez anos? — Ela assente. — E já tem um namorado?
— É, ué. Eu gosto dele e ele me trata muito bem, vovô. O senhor ia gostar muito dele! — Ela diz e eu ergo as sobrancelhas em surpresa.
Ela é definitivamente uma Butera.
— É sua netinha?
— Sim. Brianna. — Sorrio para ela, enquanto encaro Brianna correr para brincar o bordercollie que desfilava elegantemente pelo gramado.
— É uma graça de menina! — Ela sorri e me encara. O sorriso mais lindo que eu já vi em toda a minha vida. — Eu queria ter uma neta como ela...
— Tenho certeza de que você tem. — Digo.
Ela não diz mais nada, mas noto que ela continua encarando Brianna. De longe, vejo Gaia se aproximando de nós. Ela sorri ao me ver e caminha para me abraçar. Sinto o aroma familiar da minha própria filha e fico feliz ao vê-la sorridente ao meu lado.
— Oi papai — Ela diz. — Como o senhor está?
— Estou bem, querida. — Acaricio seus cabelos escuros, como os da mãe, e sorrio mais ainda. Ela já é uma mulher. — A Brie tem um namorado agora?
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𝑳𝑰𝑭𝑬𝑻𝑰𝑴𝑬 :: 𝒋𝒂𝒓𝒊𝒂𝒏𝒂
Teen FictionAlgumas pessoas entram na sua vida por uma razão, outras apenas por uma estação. Embora eles estejam afastados, ambos tem uma razão para estarem na vida um do outro. Eles serão colocados em prova e terão que mostrar o que é amar, mesmo que amar não...