𝙲𝚊𝚙𝚒𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟷𝟸 - 𝙳𝚞𝚛𝚊𝚗𝚝𝚎

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O barulho dos fogos de artifícios estourando no céu, fizeram com que meu coração batesse ainda mais desenfreado dentro do peito

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O barulho dos fogos de artifícios estourando no céu, fizeram com que meu coração batesse ainda mais desenfreado dentro do peito. Larguei de qualquer jeito as roupas recém lavadas em cima da cama e desci as escadas pulando de dois em dois degraus, sabendo muito bem o que tinha acabado de acontecer.

Abri a porta de casa e me sentei nas escadas, aguardando com ansiedade pelo momento em que ele apareceria do outro lado da rua e devolveria as cores novamente ao meu mundo. Porque era exatamente aquilo, Alice e Christopher eram a minha vida, juntos, e quando um não estava presente, a sensação de que faltava alguma coisa para minha total felicidade falava mais alto.

Torci os dedos, nervosa, obrigando meus pulmões a trabalharem fervorosamente para puxar ar para dentro, mesmo que meu corpo implorasse para que eu me levantasse dali e descesse aquele morro correndo, para os braços do homem que eu amava.

E quando ele apareceu na esquina, eu prendi a respiração. Queria correr até ele e lhe rogar o quanto eu o amava, mas sabia o quanto Relíquia ficava desconcertado com demonstrações de afeto feitas em público.

E agora a rua se encontrava cheia de pessoas esperando pela primeira aparição do dono do morro após anos na prisão.

Meu sorriso vacilou quando Relíquia se aproximou e me encarou nos olhos, não precisou de uma única palavra para eu perceber que ele não estava bem. Nós dois éramos assim, brigávamos feito cão e gato, discutimos o tempo todo, mas um sabia entender o outro quando era preciso.

— Você está bem? — Perguntei enquanto o puxava para um abraço apertado. Aparentemente, ele não estava ferido.

Relíquia concordou com um aceno e suspirou no meu pescoço, enquanto deixava um aperto firme na minha cintura. Antes de me afastar e lhe dar um pouco de espaço para respirar, beijei a sua boca e encostei nossas testas por breve segundos.

— Cadê o Jax? Ficou lá embaixo? — O segurei pela maçã do rosto, mas meu sorriso foi morrendo de acordo que a cara de Relíquia me dizia tudo. — Ele... ele não conseguiu escapar com vocês? Ficou no presídio?

— Jax tá morto. — Respondeu sem expressão e entrou para casa, sumindo depois de passar pela soleira da porta.

Meu coração se apertou dentro do peito, e fiquei ali parada encarando o nada que antes era preenchido pela figura de Relíquia. Jax foi morto? Simples assim? Puta merda, quando eu achava que finalmente nós viveríamos em paz, acontecia uma desgraça para mostrar que não, que tudo estava muito longe de acabar.

Esfreguei as têmporas e engoli o choro, pedindo em silêncio para que Deus recebesse nosso menino tagarela de braços abertos, apesar de todos os seus erros cometidos em vida. Jax era um cara bom, sempre me tratou com muito respeito e carinho, ele olhava para o meu marido com olhar de admiração, nunca de inveja. Talvez Relíquia lhe causasse a falsa sensação de que tudo ficaria bem pra ele, e estava claro que isso era uma mentira.

Dono do Morro 3 [M] [EM BREVE SERÁ RETIRADA PARA REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora