𝙲𝚊𝚙𝚒𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟷𝟽 - 𝙳𝚞𝚛𝚊𝚗𝚝𝚎

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— Pelo amor de Deus, solta ele! Christopher! — Falei, tentando soltar o meu afilhado das suas mãos

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— Pelo amor de Deus, solta ele! Christopher! — Falei, tentando soltar o meu afilhado das suas mãos.

Alice ao invés de tentar me ajudar a salvar o seu primo, só faltava morrer de tanto dar risada enquanto gritava para Relíquia não parar.

— Vai, papai! — Sua voz fina reverberou, causando uma crise de risos nas pessoas que estavam por perto.

Valentim gritava pedindo por socorro, enquanto xingava Relíquia com alguns palavrões nada apropriados para um menino de apenas cinco anos de idade.

— Fala tu aí agora seu bastardo, quem é o viado aqui? — Relíquia vociferou, não o soltando. Fazia alguns minutos que ele pendurava o menino no alto pela cueca, fazendo o famoso cuecão. — Qual foi, pô? Na hora de sustentar as tuas graças na minha frente, não tem coragem? Comédia, zé ruela!

— Você vai machucar o Valentim, Christopher. Toma juízo, pelo amor de Deus. Ele é só uma criança. — Voltei a insistir, me preparando para pular em cima das costas dele se fosse preciso.

— Vou resolver no teti a teti com esse pilantra. — Relíquia continuou, mas dessa vez desceu o Tintim até que os pés dele voltassem a tocar o chão.

— Por que não vai enfrentar alguém do seu tamanho? Seu covarde idiota! — Valentim gritou com o rosto avermelhado. 

— Fica quieto, Valentim. — Pedi com medo de que Relíquia se irritasse novamente.

— Ei, não fala assim do meu papai! Idiota é você, Valentim! — Alice se levantou da calçada feito um cão raivoso e partiu para cima de Valentim. O seu olhar esticadinho e cheio de ódio, era a mesma coisa que ver Relíquia ali.

Bufei.

Antes que Alice tivesse a chance de acertar meu afilhado com um chute, eu me coloquei à sua frente e lhe segurei pelo braço.

— Você também vai começar, Alice? — Falei com reprovação, e Lis deu de ombros. Já estava abrindo o bocão dela para retrucar quando Anahí apareceu do meu lado, olhando com fogo nos olhos para Relíquia.

Pronto, agora a confusão estava feita mesmo.

— Vamos entrar, Valentim. Agora. — Anahí murmurou, estendendo a mão para o seu sobrinho. Pelo tom de voz agudo já deu para entender que ela não sairia dali sem o Valentim.

— Fica na sua aí, boca de veludo. Esse moleque fica me tirando pra otário pelas minhas costas, falando mal de mim pra minha cria. Coé, faz tuas graças aí agora. Na minha frente. — Relíquia retrucou, segurando Valentim pelo braço, mas aparentemente sem usar muito da força.

— Eu sou boca de veludo, e tu é o quê? Um chupa cu, né? — Anahí falou sem paciência e deu alguns passos. Uma guerra estava bem iminente de começar. — Solta meu sobrinho agora antes que acabe conhecendo a força da minha solada.

Dono do Morro 3 [M] [EM BREVE SERÁ RETIRADA PARA REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora