🕷🩸
Acordei com meu baço direito ardendo, meu corpo estava mole e eu não conseguia me mexer sem que doesse ou demandasse muito esforço.
Bucky. Me virei e olhei esperançosa de vê-lo.
Bile subiu e eu me desapontei quando vi Lewis do meu lado, me olhando como um predador.
Lembrei do que aconteceu. Eu estava no banco de trás de um carro em movimento. As janelas eram escuras de mais pra que eu pudesse ver qualquer coisa do lado de fora.
- Que bom que acordou, minha menina. Estamos quase chegando.
Ele estendeu um copo de café em direção aos meus lábios, quererem do ajudar para que eu bebesse.
Virei meu rosto, a única parte do meu corpo que eu conseguia mexer direito, e fechei a cara.
- Precisa me ajudar para eu te ajudar.
Não respondi. Se eu abrisse a boca pra falar com ele, seria pra dispensar palavras de ódio e inapropriadas.
O carro parou.
- Vou te dar mais uma chance de fazer isso sem que seja tão ruim pra você. Volte pra mim, Valerie
Me virei e o encarei. Senti como se ele estivesse com as invisíveis relando nos meus escudos mentais que eu construira em volta da minha mente.
Expulsei aquelas mãos imundas que tentavam pegar minha mente pra fora.
- Eu prefiro a morte.
O sorriso sínico no rosto dele sumiu, e agora ele tinha o cenho franzido
- Vou te dar algo pior que isso, não se preocupe
Um arrepio me percorreu e me fez tremer, porque eu sabia oque isso significava.
Lewis tirou uma injeção do cu, e enjeitou em mim qualquer que fosse o soro que me fez apagar em 7 segundos.
[...]
Abri os olhos de novo, meu braço que havia levado injeção estava doído, uma luz me cegou quando percebi que estava em uma chapa de metal amarrada pelos pés e mãos, em uma sala sem janelas e com apenas uma porta.
Olhei a minha volta, não tinha absolutamente nada, além da luz branca forte no teto.
A maçaneta da porta de ferro girou, e ele entrou.
Os cabelos brancos penteados e macios, o jaleco branco que tinha as manchas de sangue que ele fazia questão de deixá-las aparentes.
Nada havia mudado desde dois anos atrás.
A única diferença era que agora eu estava na posição de tortura.
Ele se aproximou de mim, os passos lentos.
Senti os dedos gelados tocarem meu pulso, apertando o meio enquanto ele olhava nos meus olhos e dizia
- Você não vai gritar, não vai reagir...
Lewis se aproximou, repetindo as palavras, tentando a hipnose.
Cuspi em seu rosto
- Queime no inferno seu desgraçado nojento
Ele limpou o cuspe se distanciando.
- Tudo bem. Sabe que prefiro quando ouço os gritos enquanto faço isso.
Se virando pra porta entreaberta ele gritou
- Tirem as roupas - ele saiu - vou buscar oque preciso
Três homens com máscaras que cobriam as bocas e o nariz entraram.
Me debati, chutei, gritei quando eles começaram a me tocar.
Tiravam minha calça, e minha camiseta, me deixaram seminua, apenas de calcinha.
Eles eram fortes e não havia nada que eu pudesse fazer para impedi-los.
Havia apenas um homem que tinha minha permissão de me tocar.
Mas ele estava longe, muito longe.
🦾❄️
Três dias.
Se passaram três merda de dias.
Sam havia mandado buscas por toda a costa oeste do país.
Dia e noite, eu procurei por todos os lugares que eram possíveis.
Mas seja lá onde aquele filho da- tinha se metido, havia apagado todos os rastros.
Meus pesadelos voltaram depois disso.
A imagem distorcida de Valerie, sua voz amarga.
"Por que fez isso James? Por que permitiu que isso acontecesse?"
Eu acordava assustado toda noite. Olhava pro lado esperando vê-lá, mas a cama estava vazia e gelada.
Levantei, indo pra fora pra varanda que dava pro mar.
Pro mar que me lembrava ela. Pro mar que me fazia acreditar que logo eu a encontraria.
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West Coast
FanfictionO propósito da minha vida toda era matá-lo. Mas como a vida não funciona do jeito que a gente quer, lá estava eu, toda boba por aqueles olhos azuis e o sorriso branco. Foi o maior erro da minha vida ter me permitido se apaixonar. Ou talvez o maior...