Amigas e... Casadas?

15 - O que somos agora?

Olha quem voltou...

Não vou dizer muito, sei que devem estar doidas para ler, por isso...

Comentem, votem, divirtam-se...

Não tinha como não adorar ter Alex em seus braços todos os dias quando acordava, mas se apenas fosse de outro jeito... Desde a morte do pai, Alex que ainda sofria bastante, havia mudado ses hábitos completamente. Não acordava mais cedo para fazer seus exercícios, deixando Sofya sozinha na cama, deixou a alimentação saudável totalmente de lado... Mal havia saído de casa no ultimo mês, nem mesmo aulas estava dando mais.

Aquela rotina destrutiva, por mais que compreensível diante do luto que Alex enfrentava, estava preocupando demais Sofya, que se sentia perdida e sem saber o que fazer. Tentava o máximo possível dar apoio, mostrar que estava presente e que Alex podia contar com ela, mas sentia que não conseguia "tocá-la", que Alex havia criado uma concha e se escondia quase todo momento.

— Deus, eu sei que estamos meio brigados desde que tirou meu pai de mim, mas por favor me ajuda, me dá um sinal, qualquer coisa, me ajuda a trazer minha Alexandria de volta... - Sofya sussurrou aquelas aquelas palavras ao vento -

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Assim que ouviu o som da porta do quarto fechando atrás de Sofya, que estava começando seu dia,  Alexandria se permitiu chorar. Sofya não havia percebido, mas Alex estava acordada e escutou o pouco que a outra disse.

Não que Alex não soubesse o estado em que estava, no que havia se "tornado", mas as palavras da amada, o sofrimento e angústia presente nelas a acertaram como um soco no estômago.

Depois que ouviu outro som de porta, sabendo que Sofya tinha saído para trabalhar, Alex finalmente levantou. No entanto, diferente dos outros dias, não conseguiu ocupar o lugar de sempre no sofá, as palavras de Sofya ainda ecoavam em sua mente. Ainda em seu pijama, uma calça de moletom e uma camisa qualquer de Sofya, Alex saiu. Não foi muito longe, até a praia que ficava à pouco mais de uma quadra do apartamento das duas, sentou em um dos bancos de cimento e olhou a vista, sem muita animação.

Não queria exatamente ficar ali, só não queria ficar no apartamento lembrando das palavras da outra

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— Bom dia minha querida, será que eu e o Coquinho podemos sentar neste banco com você? - A senhora apontou para o cachorro a seus pés e depois para o banco em que Alex estava - Ambos já não somos tão jovens, precisamos de uma breve pausa...

— Claro senhora. - Alex deu uma pausa na melancolia para abrir espaço para a senhora -

— Fausta, prazer.

— Alexandria.

Não deixou de notar que disse o nome e não o "apelido" para a senhora, coisa que não fazia à muito tempo, desde a época do colégio, e sorriu com aquilo. Mesmo que bem de leve, voltando novamente sua visão para a vista, tentando esvaziar sua mente.

Alex não sabia quantos minutos se passaram até a senhora, que ficou em silêncio o tempo todo, admirando a vista como ela, se levantar.

— Converse com ela, sua namorada...

— Desculpa? - Alex perguntou confusa para a senhora -

— Converse com sua namorada, sobre o que quer que seja que está atribulando essa sua cabecinha...

— Como a senhora...

— Eu moro a 50 anos nessa cidade querida, 30 só naquele prédio ali... - Apontou para um prédio logo atrás delas, do outro lado da rua - Caminho nesta praia todos os dias desde que me mudei, e sempre vejo você com sua namorada por aqui. Posso ser velha, mas tenho uma boa memória. Além do mais, um casal lindo como o de vocês se destaca na multidão, não teria como não notar. Agora se me permite, preciso ir. Espero que me perdoe pela ousadia, de te interromper em seu momento, só senti que precisava. Até querida.