01. Aquele em que Roseanne se sente substituída

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"[...] A estrela foi vista saindo de um dos seus diversos carros, super mau humorada! Com uma jaqueta preta enorme, óculos escuros e o que parece ser sacolas de papel nas mãos, que detalhe: tem a logo de uma linha farmacêutica conhecida em Melbourne na Austrália. Internautas ressaltam como a mulher está mais alta desde a última aparição e mais descontrolada, já que provavelmente seja lá o que comprou na farmácia foi para si mesma. Coitada dessa mulher! Está se acabando aos poucos, diz a maioria da população australiana que entrevistamos nesta sexta-feira. [...]

PEOPLE AUS, janeiro 2024. "

Rosie lê a matéria em voz alta, quase recita como um poema cheio de entonação. Ela não estava feliz com aquilo. Havia levado alguns meses para aceitar sair sem ser acompanhada de pessoas da equipe de sua família, e quando o fez, foi massacrada de comentários e matérias sobre si por aí. Ela lia a tal da palhaçada para seu gêmeo Léo que estava na sala, ocupado com cotonetes no canal auditivo, tentando ainda assim escutar sua irmã.

— Eu juro por Deus que se você fazer mais um "uhum" com essa boca, eu vou pular em cima de você e desfigurar seu rosto inteirinho. — Roseanne ameaça e seu irmão revira os olhos. — Olha oque estão falando de mim! Por sua culpa, seu ouvido entupido e sua irresponsabilidade com seu próprio filho.

— Você se ofereceu! — Ele tem um ponto. Roseanne grunhe e finge enfiar o punho dentro de sua boca, ela tem essa mania estranha. — Mas obrigada, Rosie, quando o Anje crescer vou contar que você foi comprar um termômetro para ele porque estava com tédio.

— Eu te odeio! — Ela grita, mas daquela forma que falamos quando amamos alguém que é extremamente irritante.
— Só espero que Anje tenha vontade de me ver nas revistas de antes, muito antes de eu virar essa tragédia aqui. Acham que fui comprar tarja preta numa sexta-feira à tarde, Léo!

— Bem, eles são burros, não se pode comprar esse tipo de remédio tão fácil, tecnicamente não, mas se você for rico? Fácil acesso. — Ele diz, checando as sacolas que a mulher trouxe. — Trouxe as balinhas de morango para a garganta que eu te falei?

— Ah que ótimo, agora você reforçou que tem mesmo a possibilidade de eu ter ido atrás de veneno, já que tenho orçamento pra isso! Valeu. — Ela joga-se no sofá enorme. — Não tinha a de morango, só aquela horrível de hortelã.

Léo guarda o termômetro, ainda na embalagem, dentro de sua bolsa e amassa a sacola de papel. Ele assiste a loira na qual compartilhou o útero se contorcer no sofá, chateada, porém mais estressada do que chateada. Ele sabia o quanto ela se importava com a opinião das pessoas, ou melhor, a opinião da mãe deles quanto a isso. Ele tem os lábios em linha, respira e vai sentar ao lado da mulher. Segundos depois sem respostas, ele se joga e olha para cima, igualmente a loira fazia, tipo quem fica olhando para o teto, procurando uma nuvem em formato de algo inusitado.

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