15. Aquele em que está tudo começando a dar errado demais.

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(((ATUALIZAÇÃO DUPLA, CAP 15 E 16)))

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Fazia uma uma semana que Roseanne tinha voltado a Sydney, alguma coisas tinham acontecido. Isso incluía sua passada na sua antiga casa, que compartilhava com Andreia. Apesar de ter ido lá para arranjar os papéis que Suzy precisava, - parte burocrática de propriedades e imagens - ela saiu de lá apenas com novas conclusões e sentimentos mais avassaladores.

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UMA SEMANA ANTES

Quando ela atravessa o jardim de grama brilhante da sua casa, ela sente seu estômago revirar e uma vontade imensa de ir embora logo. Mas ela adentra a casa depois de muito conversar a equipe de segurança, e pode por fim caminhar com cuidado pelas escadas que davam direção ao seu quarto. Era estranho que, mesmo ela especulando estar sozinha, fazia um silêncio demasiado e respirava com mais esforço. Talvez a loira estivesse sempre em modo de disparo, já esperando que algo fosse lhe atacar.

Roseanne percebe que o seu caminhar preocupado é um sinal de que precisa fazer isso rápido; alguns documentos, depois era a sua deixa. E a mulher realmente procura esses documentos, ela não faz idéia de onde poderia estar mas se frustra ao não encontrar nada. Era óbvio que aqueles papéis importantes não estariam a vista assim, fácil. Ela se levanta, vai até o seu quarto e tenta raciocinar mais um pouco.

As fotografias com Léo na parede cortam seu ânimo que já era minúsculo, ela estava tão magoada com o irmão que poderia chorar sem controle naquele momento, sentia falta de poder contar com o seu gêmeo. A única pessoa que esteve presente em todas as etapas da vida, que passou tudo juntamente consigo.

— O que está fazendo aqui? — E a Roseanne dá um pulo, era Andreia, na porta de seu quarto. Ele estava com os olhos curiosos. Ótimo, atuar naturalidade e súplica, você consegue, imagina a loira. Ela precisava agir comportada com Andreia até que as coisas estivessem resolvidas.

— Eu...

A loira tomba a cabeça para o lado, coça a nuca e sorri.

— Ficos satisfeita que está sendo inteligente.
— Andreia começa. Ela estende sua bolsa na bancada do quarto da filha e deixa ali. — Já temos problemas o suficiente, e esses escândalos seus ultimamente são feios e dramáticos. É bom que tenha mudado de ideia.

Dramático.

— Sim. Eu perdi a cabeça, não sei o que deu mim, de verdade. — A Aussie mais nova fala e respira fundo, se concentrando em suas palavras e não em seus sentimentos que queriam aparecer, como toda vez que falava com sua mãe.

— E quando que você não perdeu não é, minha filha? — A forma passiva agressiva passiva, nada era gentil mas a loira já estava acostumada com aquela sutilidade disfarçada.

Andreia caminha pelo quarto agora, os braços estendidos pelos cantos, remexendo os objetos das prateleiras; caixinhas com palhetas de violão, grampos e alfinetes, ou os diversos livros de drama teatral que Roseanne já leu durante sua vida, ela remexe se lhe pertencesse e de fato, nem Roseanne sentia mais direito sobre aquelas coisas, nada era realmente familiar além do tão famigerado estômago revirado de ansiedade. A mulher mais velha suspira.

— Temos que fazer sacrifícios, minha filha.
— Ela crava os dentes em um sorriso.
— Eu entendo sobre sacrifícios, minha vida é por completo um. Se queremos algo na vida, abdicar de outras vai ser inevitável, não adianta querer tudo de uma vez.

Roseanne não entende, mas continua escutando. Ela curva seu corpo, arrasta as almofadas de sua cama e se senta, seu quarto era tão grande que a voz de sua mãe fazia eco.

TV GIRLS - CHAENNIEOnde histórias criam vida. Descubra agora