🏮Capítulo 5🏮

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Capítulo 5 : Pequenas lembranças


Com o passar dos dias, Wei Ying já havia se acostumado com seu novo nome, tinha acabado de sair do banho de óleos do jovem príncipe e entendeu o que Xingchen quis dizer antes. Lidar com a personalidade dele parecia ficar mais fácil com o tempo, entendeu que o principal é não trata-lo como uma criança e fazer apenas aquilo que lhe era pedido. Durante o banho pôde sentir como o garoto se constrangeu ao ser colocado no colo para submergir, jurou ter visto uma pequena e discreta lágrima antes de mergulha-lo. No fim, ele ainda era apenas um garoto assustado.

Naquela noite, Wei Ying não conseguia dormir. Os pesadelos foram constantes e estava se sentindo inquieto. Todos dormiam, ou assim ele pensou. A lua brilhava de maneira limpa num céu estrelado sem nuvens. Resolveu andar pelos jardins esperando que o aroma das flores acalmassem seu coração. Pegou seu casaco cruzando o castelo até o lado de fora, no labirinto das roseiras ele deslizava as mãos pelas flores sentindo a maciez das pétalas e o seu aroma marcante. Havia dias em que ele ficava tão cansado que apenas dormia sem sonhar com nada, no entanto havia outros em que mal pregava os olhos por causa de pesadelos o médico do Castelo até lhe havia receitado alguns comprimidos, porém eles também não faziam efeito.

Mesmo que não lembrasse nitidamente deles quando acordasse, mas a sensação permanecia. A inquietude e o medo, era assim que ele se sentia constantemente em alguns momentos só conseguia dormir quando arrastava algum móvel para bloquear a porta como se alguém fosse invadir seu quarto enquanto ele dormia.

Andou até chegar às rosas geadas, gostava da maneira que aquela flor lhe tranquilizava. As pétalas brancas quase transparente davam uma forma espelhada sob a luz da lua, apertou ainda mais o casaco em torno do seu corpo sentindo um pouco da brisa gelada passar pelo seu corpo. Estava tão distraído que nem percebeu que alguém jazia ali, sentado num banco, imaculado como uma estátua de mármore olhando para o céu. Foi impossível para ele não exasperar a sua surpresa fazendo o rei virar sua cabeça lhe encarando.

- Pe-Perdão, majestade. - disse se desculpando ao ser descoberto. Virou -se rapidamente para sair correndo, quando a voz do rei soou.

- Não precisa sair correndo, vou me retirar em poucos minutos. - ele fala de maneira calma.

- Por-por favor, majestade. Eu-eu já es-estou de saída.

- Se veio até aqui é porque também não conseguiu dormir, fique. Não me faça ordenar, Wei Ying.

A voz do rei chamando o seu nome era algo que ele não esperava, seus pés congelaram no lugar sem saber o que fazer. Como poderia ir contra uma ordem do próprio rei.

- Ma-majestade...

- Se aproxime. - mesmo hesitante e tremendo ele contornou algumas roseiras indo até o centro do labirinto onde Wangji estava sentado. Os feromônios ômega de Wei Ying já estavam chegando ao faro do rei.

Assustado? - pensou Wangji. Ele viu o rapaz se aproximar, mas se manteve dois ou três passos distante dele.

- Eu-eu não quis incomodar. - lutou para não gaguejar.

- A única coisa que me incomoda é ver você se tremendo sempre que está perto de mim. Sou tão assustador assim? - Wangji que já represava seu cheiro e feromônios tentando acalmar o outro.

- Na-não. - ele respirou fundo antes de continuar. - Não, majestade.

Wangji afastou -se um pouco dando espaço para que o outro pudesse sentar também. O banco era cumprido caberia quatro pessoas de maneira confortável e ficou sentado na ponta, já que antes sentava no meio.

Just Remember  (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora