Epílogo

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Harry abriu os olhos dando de cara com branco, tudo branco, tanto que doia seus olhos, então de repente surge uma figura com capuz,  parecia uma garota e era mais baixa que Harry, quando o capuz é abaixado ele se surpreende com quem era.

- Pansy?!

- Não exatamente. - responde a 'não-exatamente-Pansy' enquanto conjura duas poltronas para eles sentarem, Harry se senta com a mente ainda bagunçada. - Eu não sou a Pansy, apenas estou usando a imagem dela pra lhe deixar mais confortável com nossa conversa, eu sei que você costumava conversar com ela, ela foi a única a quem você contou sobre Tom não é? - Diz a não-Pansy, Harry sorri levemente e concorda.

- Pansy era uma boa pessoa apesar de tudo, a mais leal de todas, ela podia ficar irada se fosse uma roupa que não combinava e podia arrancar a verdade de você com um olhar, eu não tive opção se não contar a ela, por sorte ela nunca contaria um segredo de um amigo. - Divaga Harry. - Enfim.. se você não é ela, quem é você?

- A Morte claro.

- Claro. - Diz ironicamente. - Então eu estou realmente morto- diz olhando ao redor. - Não parece grande coisa.

- Sim você está morto Mestre, mas aqui não é  o fim é apenas um caminho.

- Mestre? Então aquela história de Relíquias era real. - Morte apenas assente.

- Sim, e como eu estava dizendo aqui é apenas um caminho, e por ter recolhido minhas relíquias você  pode escolher se quer viver ou morrer.

- Você está realmente perguntando isso? - Diz enquanto sua mente só vai para um lugar que ele estava ignorando até agora, Tom. - Eu quero viver claro.

- Apenas confirmando Mestre, vamos... - Chama se levantando.

- Espera! - Morte para e se vira.

- Você quer ve-la? - Harry apenas assente hesitante, Morte apenas sorri benignamente e abre um portal onde dava para vê diversas pessoas, ou melhor, suas almas. Harry então avistou Pansy brincando com um garotinho que parecia ter 6 anos, quando o garoto se vira Harry percebe quem era.

- Aquele é..

- Você? Sim, ou melhor, a parte sua que você perdeu naquele túnel.

- Ele está bem? - pergunta mesmo vendo seu eu pequeno e inocente gargalhando com Pansy.

- Todos eles estão. - Diz Morte segurando seu braço, Harry apenas sorri sereno.

- Bom. - Morte então fecha o portal e os dois seguem para um trem que surgiu do nada, Harry sobe a escada e antes de fechar a porta ele se vira para a não-Pansy. - Foi um prazer Morte.

- O prazer foi meu Mestre, apenas não se mate dessa vez, eu não quero levar você e o seu companheiro tão cedo. - Harry apenas ri e entra no trem. Estou voltando para casa Tom, pensa ele.

°^°

Tom estava na sala de música tocando piano, ele bebe seu Uísque e volta para as notas, ele toca a melodia até que erra uma tecla, ele então pega o copo em cima do piano e joga na parede com um grito, ele pega um violão e bate contra o piano repetida vezes até não sobrar nada, só então ele solta os restos do instrumento e desliza no chão segurando seus cabelos, sua mente já estava embaçada do álcool, mas ele não conseguia parar de pensar em Harry, quantas garrafas seria necessárias para esquece-lo? Até agora parecia que infinitas.

Tom levanta cambaleante e tenta chegar até o quarto. Ao passar pela porta ele para ao vê o corpo de Harry na cama, depois da batalha dois dias atrás ele veio com o corpo dele, limpou o sangue e colocou uma roupa limpa, ele parecia um anjo dormindo, apenas dormindo, como se fosse acordar a qualquer momento.

Sine Anima - Sem AlmaOnde histórias criam vida. Descubra agora