Durante uma semana inteira Park Jimin e Jeon Jungkook não se viram.
O mais velho, cada vez mais atolado naquela empresa, prendeu-se em uma rotina exaustiva para dar conta de todo o material que precisava entregar, além da faculdade e das cobranças excessivas do pai.
Jungkook, com a imunidade baixa novamente, gripou silenciosamente por quase uma semana, até Choi San encontrar seu corpo completamente desajeitado jogado no sofá, o nariz escorrendo e as bochechas avermelhadas.
— Jungkook? Que foi?
— Não é nada.
— Você está doente? Por que não me falou?
— Não estou. — Ele tentou rebater, afinal não queria ser alvo de preocupações, mas até sua voz escancarava o quão febril estava naquele momento.
San checou sua temperatura com as mãos, deixando um semblante preocupado tomar conta do seu rosto. E então, umidificando o próprio lábio inferior, constatou:
— Tem alguma coisa acontecendo?
— Não, Sannie. Pode me emprestar outra coberta? Está muito frio...
— Vou perguntar novamente, Jungkook. Seja sincero. — Avisou um pouco mais rígido, deixando de lado por alguns minutos aquela personalidade amável e divertida. — Está acontecendo alguma coisa fora daqui? Alguém mexeu com você?
— Ninguém mexeu, eu juro. Só estou gripado.
— Vou fazer um caldo quentinho pra você, se ajeita nesse sofá e não saia por nada, entendeu?
— Ficou louco? Está quase na hora de ir para a boate e...
— Nem morto!
Ansioso e marrento, ele gritou: — San!
— Você está queimando em febre e quer ir trabalhar? Trabalhar justo naquilo? Vão acabar com você, Jungkook! — O amigo gesticulava impaciente, sabia o quão teimoso Jeon conseguia ser, principalmente porque tinha total conhecimento que a insistência era fruto de preocupação. Jungkook tinha medo de deixa-lo na mão se não ganhasse o suficiente para dividir as contas da casa.
— Eu não posso me dar o luxo de não trabalhar quando fico doente, San. Isso não funciona pra gente como a gente. — Explicou, cansado. — Até meus ossos estão doendo, mas eu preciso ir.
— Eu não posso te impedir, você sabe o que faz, mas pense bem.
— Eu juro que consigo.
Sem dizer mais nada, Choi girou os calcanhares e partiu para a cozinha, queria pelo menos fazer algo nutritivo para Jungkook. Enquanto se dividia nas tarefas básicas de limpar tudo e cozinhar para seu melhor amigo, relembrou preocupado o que teria naquela noite. Ficou abatido.
Jungkook precisava ser forte, estava acabando.
Se tudo desse certo, estava finalmente acabando.
☔️
— Meu amor! — Taehyung sorria aos prantos, o que era engraçado de se ver. — Yoongi! Yoongi, por favor!
— Só mais cinco minutos! — O garoto pálido se divertia em gargalhadas altas enquanto corria pela chuva no quintal, fechando os olhos com um sorriso rasgando os lábios. — Vem, Tae! É uma delícia!
— Você vai ficar resfriado, seu tapado! — As lágrimas continuavam escorrendo pelo rosto daquele que se escondia da chuva na garagem, estava completamente sensível. — Como vou namorar um idiota que ficou doente por comemorar na chuva?
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NEPTUNE • jjk x pjm
FanfictionQuando criança, Jimin fez uma promessa para Jungkook dizendo que algum dia, independente do quanto demorasse, pintaria seu cabelo de azul em homenagem à ele e à Netuno, o planeta preferido do garoto mais novo. Vivendo num orfanato, os dois são separ...