thirty seven! i wanna love you

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Dois dias. Era tudo que Park Jimin possuía para se preparar para o melhor dia de sua vida.

Conseguiu conciliar suas horas entre criar novos laços na empresa, ajudar a mãe emocionalmente com toda a situação de Dongsun internado e prestes a ser interrogado, ensaiar e ensaiar até de madrugada e digitar o que foi o texto mais bonito e também mais difícil de sua vida.

Abriu a conversa com Jungkook, e ainda sem resposta alguma para todas as dezenas de mensagens que enviou, escreveu:

"Oi. Sou eu de novo... eu não me canso de vir atrás de você, não é? É que aconteceram tantas coisas, espero que algum dia leia isso aqui.

Jungkook, agora eu comando a empresa. Meu pai ajudava a conduzir um dos maiores escândalos de prostituição junto com Jongin, quase morreu e em breve, se tudo der certo, será preso. San está livre como te prometi. Você está livre! Para sempre, meu dentuço... para sempre.

Minha apresentação está chegando, finalmente, e eu cheguei à pensar em não aparecer... cheguei a cogitar desistir de tudo aquilo que você me ajudou a conquistar, Jungkook. Mas eu prometo que irei, tudo bem? Por mim, mas principalmente por você.

Nunca me esquecerei dos nossos dias sofridos naquele quarto quente e pequeno de hotel, e de todo o apoio que você me deu mesmo naquelas condições.

Você me ajudou a vencer a primeira etapa do meu sonho, e agora vencerei a segunda, mesmo que sozinho, por você. Porque meu sonho é todo azul, Jungkook, porque azul é sua cor favorita, sempre foi e sempre será. Azul da cor de Netuno, o planeta tão distante, assim como você de mim.

Onde quer que esteja, se cuida, por favor, e seja feliz. Seja feliz por mim, por todas as nossas lembranças e por todos os nossos momentos.
Não me esqueça, pois eu jamais te esquecerei.

Você está tatuado em mim.
Para sempre.
Para todo o sempre".

Quando terminou, resolveu que não choraria.

Por mais que a vontade de derrubar boas lágrimas incendiasse seu peito, teve uma ideia ainda melhor.

Projetou toda a dor e saudade em sua dança, correndo descalço pela mansão, flutuando com um sorriso no rosto ao gritar:

— Mãe? Mãe! — Continuou correndo, gritando a plenos pulmões enquanto descia degrau por degrau da grande escadaria até encontrar Yoohyeon sentada no sofá da sala, tão pequenina e entristecida.

O olhar da mulher encontrou o garoto entorpecido pela euforia, e foi por isso que mesmo estilhaçada por dentro, abriu o sorriso mais verdadeiro de todos.

Ver Jimin feliz sempre seria sua maior felicidade.

— Venha! Venha, mãe! Eu quero mostrar uma coisa!

— Que foi, Jiminie? Ei, calma! Calma! — Gargalhou ao ser puxada pelo filho, entrelaçando sua mão na dele enquanto corriam até o quintal, mesmo que já estivesse tarde da noite. — O que foi, meu deus?

— Ali! Eu sabia! Eu sabia! — Apontou para longe, sentindo os olhos brilharem numa cintilância bonita ao observar o pequeno girassol distante e sozinho no meio de tanta grama. — Eu sabia que ele resistiria!

Yoohyeon demorou para entender, mas quando se deu conta do que aquilo significava...

Ah, seus olhos se encheram de água.

NEPTUNE • jjk x pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora