thirty six! doing something unholy

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Quando os olhos de Jongin avaliaram com mais atenção o que estava escrito ali, temeram retornar até San.

Foi como se o garoto que por tantos anos dependeu dos seus cuidados agora o tivesse na palma de suas mãos. Kim Jongin sempre possuiu a liberdade de Choi San, mas ali, naquele momento tenso e completamente desagradável, era sua própria vida que estava sob controle do outro.

O jogo virou de todas as formas possíveis.

— Onde vocês encontraram isso? Como souberam? — Sua voz era uma mistura de ódio, medo e preocupação.

— Pensou que faria essa nojeira por anos e nunca seria descoberto, Jongin? — San respondeu, puxando-o pelo colarinho. — Não há nada nesse mundo que eu não faria para defender quem eu amo. Você acabou com a minha vida e a de Jungkook, e quando o garoto conseguiu fugir, você o chutou para longe, não foi? Diz, Jongin! Diz de uma vez que tem dedo podre seu e de Dongsun nessa história!

— Jungkook nunca será feliz! Não estudou, não sabe fazer nada além de se esfregar nos caras mais porcos que já pisaram aqui! Ele é podre, todos vocês são!

Taehyung sentiu tanta repulsa ao ouvir aquilo sobre Jeon que tentou se aproximar enraivecido, mas Hoseok — que alimentava o mesmo ódio — conseguiu segura-lo por alguns instantes.

— Não, Tae.

— Olha o jeito que ele está falando do Jungkook!

— Taehyung, agora não. San precisa dizer todas essas coisas, ele esperou por anos.

— Jungkook não estudou porque não teve oportunidade, mas agora terá o mundo todo lhe esperando. — Choi sorriu verdadeiramente feliz ao dizer, lembrando-se de todos os perrengues que passaram tentando sobreviver ali, sentindo muito orgulho de onde ainda chegariam. — Enquanto isso, você e Dongsun poderão namorar dividindo cela.

Wooyoung segurou o riso baixo, aproximando-se de San para dizer à Jongin: — Você não tem ideia de como é prazeroso destruir a sua vida assim como você fez com a da pessoa que mais amo no mundo.

Quando San devolveu o olhar ainda mais apaixonado, Wooyoung soube que a melhor coisa que fez em sua vida foi acidentalmente ter escolhido a Horizon como destino final na noite em que conheceu Choi. Tudo havia mudado, virado de cabeça para baixo, mas a sensação de ter aquela pessoa encantadora ao seu lado era a mais indescritível de todas.

— O que vocês planejam fazer? O que querem em troca? — Jongin gritou, mas em pensamentos já planejava uma possível fuga, ou precisaria sumir com todos eles, quem sabe ligar para Dongsun e avisar que o melhor seria fugirem do país o mais rápido possível.

Só então se deu conta de que aquele era o pior dia de todos para isso acontecer.

Dongsun estava, naquele momento, em frente a todos os holofotes e flashes dos jornalistas no local onde seria realizada a posse de Jimin.

A oportunidade perfeita para escancarar a todos toda a sujeira que esconderam por todos aqueles anos.

O homem encarou Choi San feito o diabo, desejando com todo o seu coração ter dado um sumiço no garoto enquanto podia. Ele nunca fora obediente, quebrou inúmeras regras e destruiu o vínculo de incontáveis clientes com a boate devido ao mau comportamento.

Jongin encarou o fundo dos olhos alheios e sentiu repulsa, um desejo enorme de ter acabado com sua vida enquanto toda aquela merda não havia sido jogada aos ares.

San, por outro lado, sorria vitorioso porque sabia que seus dias de glória estavam chegando.

— Você está livre, Choi. — Avisou, completamente rendido. — Não era isso que queria? Sua liberdade? Fuja daqui, suma, eu esqueço da sua existência e de toda a sua dívida.

NEPTUNE • jjk x pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora