thirty one! invincible

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No outro dia, logo pelo amanhecer, Jimin não encontrou Jungkook ao seu lado quando tateou o lençol buscando por contato. Ainda com os olhos fechados, o garoto murmurou algo inaudível, e todo manhoso sussurrou o nome do mais novo duas ou três vezes, mas voz alguma saiu.

Só quando seus olhos abriram e encararam a claridade do quarto alugado que ele entendeu.

Estava sozinho na cama, mas o cheiro de Jeon incendiava aquele espaço pequeno. Não precisou de muito tempo para encontrar sua silhueta admirando a paisagem pela janela ali perto.

Mesmo diante de um cenário tão simples, Jungkook poderia simplesmente arrancar suspiros só por estar ali, respirando e apreciando o tempo nublado que cobria a mata ao redor.

O tronco nu, as pernas cobertas pela calça larga de moletom, os fios azulados caindo pelo rosto e a boca tão única entreaberta observando a vista daquele lugar distante.

Tão lindo que não parecia real.

— Jungkook? — Park chamou baixinho, a voz ainda rouca, mas não obteve resposta imediata. Por isso, preocupado, chamou mais alto: — Amor?

Jungkook imediatamente abandonou aquela vista nada empolgante, buscando pela voz tão conhecida lhe chamando daquele jeito gostoso logo pela manhã. Foi então que percebeu. Viver ao lado de Park Jimin seria simplesmente assim. Ouvir sua voz doce chamando seu nome, seu corpo lhe dando carinho e suas brincadeiras roubando as risadas mais verdadeiras.

Não queria perder aquilo por nada nesse mundo.

Sorrindo pequeno, respondeu: — Bom dia, Jiminie.

— Bom dia. — Foi o que Park falou quando, com o rosto amassado de tanto dormir, foi se levantando aos poucos. — Fiquei preocupado, não te senti aqui enquanto estava acordando.

— Eu não vou fugir, hyung.

— É que é meio inacreditável isso tudo...

Jungkook sabia exatamente do que ele estava falando, por isso sentiu o próprio coração bater mais rápido quando o pequeno grudou em seu corpo por trás, abraçando-o enquanto encaravam a vista lá fora. Era tanto êxtase, felicidade, preocupação...

O que aconteceria? Como as pessoas reagiriam àquela fuga inesperada?

Por mais que estivesse preocupado com Yoohyeon, Jimin decidiu aproveitar mais um pouquinho quando cheirou a nuca do maior e deixou um beijo molhado ali, grudando ainda mais em suas costas, contornando a cintura fina com suas mãos para que ele não escapasse de forma alguma.

Então, todo dengoso, esfregou o próprio rosto contra a lateral do de Jungkook, sentindo-o um pouquinho mais.

— Que chameguinho gostoso. — Jeon respondeu sorrindo baixo, sentindo o quão carente e assustado Jimin estava por dentro. Por isso, acariciando sua mão com o polegar carinhosamente, questionou baixinho: — Dormiu bem? Está com fome?

— Jungkook-ah, dormi tanto que minha cabeça está pesada. É muito gostoso dormir com você! Me lembra o orfanato, dormíamos juntos e eu conseguia adormecer sem preocupação nenhuma.

— Sim, hyung! — Ele sorriu daquele jeito bonito, segurando com carinho as mãos pequeninas que rodeavam seu corpo. — Eu amo dormir no apartamento do San, é muito confortável, mas com você eu não sinto medo. De absolutamente nada.

Jimin aceitou aquela confissão como prova viva de que Jungkook ainda buscava proteção em si, ainda se sentia seguro ao seu lado mesmo com o mundo desabando ao redor.

Tudo como sempre foi.

— Precisamos fazer algumas coisas, Jungkook. A primeira delas é sacar no banco mais próximo tudo que tem no meu cartão, Dongsun provavelmente bloqueará todas as minhas contas o mais rápido possível.

NEPTUNE • jjk x pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora