sixteen! your taste is bittersweet

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Já era o último chamado de Hoseok para o garoto alegre no meio da pista.

Taehyung, alterado e feliz ao extremo, se desvencilhou dos braços do mais velho inúmeras vezes porque queria ficar, queria dançar e se divertir. Porque em casa não seria tão legal assim, e principalmente: não teria o outro por perto.

Talvez fosse o maldito álcool ou quem sabe até a carência exagerada depois de dias sem nem mesmo uma ficada, mas ele estava louco para beijar Hoseok ali mesmo. E este, por outro lado, não aguentava mais insistir. Ia acabar deixando Taehyung ali, sozinho. O único motivo que o fazia permanecer feito um idiota chamando o garoto para ir embora era o pedido de Jimin para que cuidasse dele.

— Taehyung, eu não quero dançar! Vamos logo!

E Tae, sorrindo e puxando-o pelos braços, rodopiou pela pista quando um feixe de luz roxa atingiu seu rosto bonito, então ele disse: — Eu estou roxo!

— Porra. — revirou os olhos, respirando fundo. — Eu te falei para não beber tequila, não é? Agora tá aí, todo feliz e sabe-se lá quando vai melhorar.

— E você não está feliz, Hobi?

E o mais velho, tentando não transparecer que gostou da forma doce como a voz alheia pronunciou seu apelido, respondeu: — Não.

— Por que não?

— Eu só to cansado, sabe? Trabalhei o dia inteiro numa sorveteria, e até agora aqui.

— Oh, eu estou te dando trabalho! — como uma constatação surpresa, Taehyung gritou e se sentiu extremamente mal por aquilo, principalmente porque as várias doses de tequila fizeram com que seu corpo sentisse tudo ao extremo, pelo menos umas dez vezes mais. — Pode ir, tá? Eu vou ficar mais um pouco, mas pode ir descansar.

— Eu não vou te deixar aqui sozinho e assim.

— Hum, Hoseok-ah...— sussurrou ao se aproximar, enroscando-se no pescoço alheio fazendo com que os olhos de Hoseok quase saíssem de órbita com o contato inesperado. — Você quer é flertar comigo.

— Sai fora, Taehyung. — ele virou o rosto de lado para que o outro não notasse o sorriso que insistia em escapar de seus lábios, completando: — Só não quero que vá embora dirigindo nesse estado ou...

— Oh, não! Eu estou sem carro, vim com Jiminie. Eu nunca dirijo quando bebo, Hobi.

— Não faz mais do que sua obrigação.

— É verdade...eu tenho medo de morrer, sabe? De acontecer tudo de novo, assim como aconteceu com ele. — de repente, num piscar de olhos, a atmosfera ficou pesada e os ombros de Taehyung se encolheram porque aquelas malditas lembranças sempre voltavam.

O toque do seu celular durante a madrugada, o desespero na voz da mulher que estava no local do acidente e a imagem do caixão sendo velado. Era como um pesadelo que nunca acabava, memórias que nunca se esvaiam por completo. E em estado de síncope, ele se calou e permaneceu cabisbaixo, até Hoseok se aproveitar do momento em que o corpo agitado diminuiu suas energias para levá-lo até a área externa. Seu turno já havia terminado, pediria um táxi para o mais novo e poderia finalmente ir para casa dormir um pouco.

Ele faria isso.

Se Taehyung não estivesse com os olhos marejados feito um grande oceano cheio de mágoas.

Não sabia o que estava acontecendo, porque o garoto que antes estava atormentando à todos com seus dotes nada bons na dança, naquele momento estava encolhido na calçada, próximo ao meio-fio. E enquanto Hoseok, em pé, ligava para um táxi de confiança, Taehyung, ainda sentado, encostou sua cabeça nas pernas alheias e fechou os olhos.

NEPTUNE • jjk x pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora