A casa de Bianca era realmente bonita e bem decorada. Rafaella estava impressionada com o bom gosto da mulher que no caminho até ali descobriu ser uma conceituada pintora. Havia, inclusive, cor por toda sua casa e isso a deixava ainda mais interessante ao verde observador.
— Tira a roupa — A ordem tão clara pegou Rafa de surpresa. Até então tudo era insinuação e aquilo dito tão sem reservas a fez travar um pouco. Bianca riu notando a graciosa retração — É para eu colocar na máquina Sargento — Completou a artista virando de costas para a militar que tirou o uniforme ficando de camiseta e calcinha.
— Aqui está — Falou se aproximando de Bianca para passar a roupa por seu ombro. Sua voz penetrou nos ouvidos da morena e essa a sentiu muito perto só pela intensidade que o hálito serpenteou em sua nuca. Virou-se para fitar a razão do ouriçar daquela cabelos.
— Eu lavo e coloco para secar em seguida. Pode relaxar no sofá enquanto faço isso. A vontade — Ofereceu olhando para baixo, mas voltando rápido para o rosto. Não queria ser notada, entretanto, foi sim. Descarada a mulher tomou seu queixo com um único dedo e de olhos abertos direcionou sua atenção ao corpo feminino. Coxas grossas, uma bunda redonda e farta cuja calcinha negra quase não cobria e uma camiseta branca colada ao corpo. Estava seca, mas Bianca arriscaria em mentir que estava molhada só para obter mais daquela visão magnífica.
— Acho que tem cerveja nela também — Mentiu e a loira sorriu sensualmente enquanto segurava as barras da camisa para tirar. Tudo aconteceu em câmera lenta diante do olhar admirado de Bianca. Centímetros foram destapados com facilidade, cada parte bronzeada foi ficando exposta e quando percebeu estava quase com os seios de Rafaella sobre seus olhos. Um passo e poderia lambê-los por cima da peça simples que a deixava como um pecado que Bianca desejava cometer.
— Pronto. Pode lavar também — Mandou a loira jogando a camisa sobre as mãos de Bianca que a observou se afastar até o móvel de três lugares. A visão completa daquela bunda fez a boca de Bianca secar. Sabia que todo o líquido do seu corpo estava concentrado entre suas pernas.
— Claro Sargento — Disse Bianca e como prometido colocou a roupa para lavar e depois secar. Foi um processo rápido e que não demandou muito tempo, porém Bianca não deixou a militar saber. Não ainda.
Retornando a sala se deparou com uma cena inusitada: Dedilhando o violão desembrulhado Rafaella tocava uma música que Bianca conhecia bem. Era uma cena que além de curiosa era erótica. A habilidade com que tirava a música de forma lenta, a concentração empregada e os olhos fechados curtindo a melodia vestida só de roupas íntimas.
— Gostou da canção? — A militar perguntou despertando Bianca de sua secada indiscreta. Rafa sentia sua pele queimar da melhor maneira possível.
— Um pouco melosa, é verdade, mas não acho que me afeta como estava mais cedo, sabe? — Até estava encarando o maldito violão e achando-o uma ótima peça se vestido com Rafaella.
— Você não ia mandar o rapaz da música parar de tocar as românticas mais cedo, ia? — Rafaella supôs em voz alta. Sabia a direção que Bianca estava seguindo quando evitou sua queda e minutos antes a morena parecia bem irritada com o som. Sim, tinha acompanhado ela com os olhos antes de ampara-la porque reparou nela bem antes até de pedir sua primeira cerveja. Uma mulher linda e sozinha não passava batido.
— Eu seria a pior pessoa do dia dos namorados se fizesse isso? — Bianca perguntou se sentando no canto do sofá. Rafa se aproximou bem devagar e até a metade do caminho, a morena cortou o resto. Coxa desnuda contra a vestida a militar sorriu. Havia um contato carnal, mas a ação de seus lábios agora era compreensiva.
— Não seria não. A julgar pelo cartão do lado do presente desembrulhado e em você estar sozinha hoje eu suponho que você tenha razões para odiar o dia dos namorados e suas músicas de amor — Rafa era ótima de analisar e tirar conclusões rápidas e assertivas. Bianca estava um pouco chocada, mas lembrou que ela tinha que fazer isso para conseguir sobreviver todos os dias e se acalmou. Seus sentidos eram o que a salvavam e o que a tinha ali.
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Contos
FanfictionHistórias completamente aleatórias que não devem ser levadas a sério.