Bom dia

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Bianca

Com um último olhar no espelho ao lado de sua cama conferi a maneira que me encontrava. E sorri. Inevitavelmente.

Rafa Kalimann sabia o que era necessário para enlouquecer uma mulher. Mais que um sorriso poderoso e olhos que flamejavam um fogo verde capaz de queimar as pobres donzelas que se interpusessem em seu caminho a mineira era a própria personificação da luxúria.

E noite passada esse sentimento me abraçou e engoliu-me em suas cores que vibravam sexo com cada toque que ressoou por minha anatomia.

— Não tenha medo — Ela me disse suavemente ao meu ouvido assim que seus olhos cruzaram com os meus naquela boate, mas a manutenção dos meus castanhos sobre suas orbes nunca foram de pavor.

Desde antes, desde o princípio, era desejo. Um tão cru e pungente que me levou até a cama de uma desconhecida que só cheguei a saber o nome quando pediu que eu gritasse num gozo jamais experimentado.

Seu corpo estava acima do meu. A pele bronzeada e suada investindo com três dedos dentro de mim enquanto sussurrava no meu ouvido que nunca tinha fodido nenhuma tão apertada e faminta quanto eu.

Sua língua percorria da clavícula ao lóbulo lentamente em contraponto às estocadas nada carinhosas que exercia contra meu interior que recebia úmido e se esticando no entorno dos três dedos penetrados até o máximo que podiam.

— Você aguenta doçura — Me encorajava e relaxava ao mesmo tempo em que eu era preenchida por seu poder. E eu não duvidava. Só com suas palavras todo meu corpo sabia que eu cederia ao que mandasse por estar hipnotizada por ela. Desde antes, desde o princípio.

Rafa me fodeu como ninguém antes e a marca do caminho que fez se encontrava em todo meu corpo: Nas costas arranhadas, no interior das coxas que detinham a marca da pressão dos seus dedos e no meu pescoço repleto das marcas de seus lábios carnudos.

— Não marca — Lembrei que pedi na noite passada, mas me ignorando completamente ela somente puxou meus cabelos mais forte em seus punhos e entrou com mais força cobrindo meu corpo com o seu, colocando sobre minha coluna parcialmente seu peso enquanto eu estava apoiada de pernas separadas de bruços sobre o seu colchão com apenas um travesseiro abaixo de mim para que estivesse no ângulo perfeito para que me comesse fundo.

— Pensarei no seu caso — Disse observando meu corpo nu e exposto depois do terceiro orgasmo da noite e sorriu maliciosa encontrando meus olhos no mesmo espelho em que uso para atravessar minhas próprias recordações.

Rafaella sorriu em seguida e dois segundos depois sem deixar de me encarar separou os meus cabelos curtos do lado de meu pescoço escutando minhas negativas que saiam como gemidos incontroláveis.

— Não? — Perguntou raspando os dentes da minha nuca até a lateral do meu pescoço penetrando os seus olhos nos meus, lambendo a região que pretendia marcar.

— Por favor — Suspirei e ela soube que era um sim pela forma que meu corpo reagiu ao seu quando moveu a perna entre as minhas abertas.

— Pede — Demandou só por pirraça e eu revirei os olhos, recebendo um tapa forte sobre a minha bunda pela impertinência. Arfei com mais força, mas não entreguei — Suplique que eu marque esse corpo todo — Ordenou enquanto minha libido escorria na sua coxa torneada nos deixando alucinadas. Normalmente depois da segundo eu queria ser deixada sozinha no meu espaço, afinal, sexo nunca havia sido tão satisfatório. Mas naquela noite foi diferente. Desde antes, desde o princípio.

— Não — Decretei e seus seios começaram a deslizar mais lentos em minhas costas, no mesmo movimento que meus quadris exerciam em um rebolar sensual sobre sua perna, com meu clítoris sendo friccionado aquela superfície sólida que era seu corpo. Rafaella me deu uma falsa impressão de que me permitiria.

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