Oito.

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Bernardo.

:— Eu sei que fiz besteira, mas vendo Sophia naquele estado eu não consegui pensar em outra coisa!

— Bernardo, esses dois estragaram sua vida e agora que você está bem quer enfiar eles no meio da história de novo? Entendo que quer ajudar Sophia, mas isso pode atrapalhar você!

Suspiro, sentando no sofá.
Hanna se joga ao meu lado e afaga minhas costas.

— Sinto muito, não quis decepcionar você. - sinto sua voz hesitar, mas finalmente diz:— Do que precisa?

:— Eu não sei o que faria sem você.

Hanna sorri, debochada.

— Eu sei disso. Depois que a vinda dos sugadores de dinheiro estiver confirmada combinamos o que faremos.

:— Obrigado! Obrigado!

Abraço Hanna e encho seu rosto de beijos antes da mesma sair, limpando o rosto sarcasticamente. Olhando para baixo, vi Sophia se despedir de Hanna e correr para as escadarias.

:— Precisa de ajuda para subir as portas do restaurante, amor?

Ela faz que não.

— O cozinheiro ainda não chegou, ainda está cedo. Temos quarenta minutos.

Olho para o relógio, não tinha percebido que havíamos chegado tão cedo. Quando torno a olhar para Sophia, seus olhos brilhavam de uma forma estranha e um sorriso travesso estava formado em seus lábios.

:— Espera... Temos quarenta minutos para quê?

Sophia riu, levando as mãos até as costas e descendo o zíper de sua blusa.

:— Você tem certeza que quer?

Sou calado com beijos, a princípio, carinhosos. Ando até a janela, sem soltar minha mão de sua cintura, e baixo as cortinas do escritório. Sophia estica o braço e trança a porta. O que deu nela?

— Não quero parecer atirada, sei que tudo se arrumou agora, mas não posso negar que sinto saudades e dormir com você ontem só aumentou isso.

Sorrio entre os beijos.

:— Concordo com você, mas queria respeitar seu espaço.

Sophia senta sobre meu colo no sofá, abrindo cada botão da minha blusa e me deixando cada vez mais inquieto.

— Já ficamos separados o bastante, não acha?

:— Claro.

Mordo seu lábio e o suspiro que corta o mesmo me atiça. Deito Sophia e então subo por cima da mesma.

***

Sophia vestiu sua roupa incrivelmente rápido quando a voz do cozinheiro se fez presente no andar de baixo do restaurante. Saiu do escritório e me deixou lá, ofegante, deitado no sofá.
Levanto minutos depois e me visto também. Desço até o andar de baixo e percebo uma grande clientela se aproximando cada vez mais.

— Acho que vamos precisar de você hoje, o restaurante do outro prédio está interditado.

O anúncio de Sophia soou feliz. Com o restaurante interditado o número de clientes dobraria e faríamos uma meta maior do que costumávamos atingir. Óbvio.

:— Vou ver se precisam de mim na cozinha.

— O.k.

Sophia beija minha bochecha e corre para atender a próxima mesa. Como dito, permaneço na cozinha ajudando o chefe a adiantar alguns pratos para que ninguém fique na espera.
O sino da porta toca mais uma vez, fazendo com que eu olhe para a porta como sempre, mas dessa vez me surpreendo ao ver Carolina. Logo que a mesma me avistou, caminhou até a janela da cozinha onde deixava os pratos prontos para serem entregues.

Teorema da Paixão [REVISADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora