~Four~

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Emma Miller

Vinnie não me falou pra onde nós estávamos indo, mas logo parou em frente a uma lanchonete fechada, num lugar bem alto da cidade.

— É agora que você me amarra e me mantém em cativeiro em uma lanchonete abandonada? — brinco e ele ri.

— Depois você me passa o nome dos filmes que você anda assistindo. — diz e eu dou risada.

— Mas por que a gente parou em uma lanchonete fechada? — pergunto.

— Você vai ver. — diz descendo do carro e eu desço também.

Ele me levou até essa lanchonete e me fez passar por uma grade arrebentada e provavelmente não era pra ninguém passar ali.

— Se eu for presa a culpa é sua. — digo e ele ri.

— Calma, eu faço isso direto. — diz andando até a parte de trás da lanchonete.

Chegando lá, ele subiu em uma caminhonete que provavelmente estava abandonada ali, e eu subi também, me sentando do seu lado.

A vista de lá era linda... Dava pra ver a cidade toda e o céu estava cheio de estrelas... Realmente a vista era muito linda.

— Aqui é muito lindo... — digo observando a paisagem.

— Eu sempre venho aqui quando eu quero pensar ou só tô entediado mesmo. — diz dando de ombros e eu solto uma risada nasalada.

— Sabe... Você não é tão babaca igual eu pensava que você era. — digo e ele me olha estranho.

— Isso é um elogio? — pergunta.

— Vindo de mim, sim. — digo e ele ri. — Eu não sei elogiar então foi mal.

— Tudo bem... Eu era bem babaca mesmo. — diz olhando pros seus dedos.

— Sim, você era. — digo e ele me olha sério e eu dou risada. — Mas não é mais.

— Me desculpa por zoar você quando nós éramos crianças. — diz me olhando fixamente nos olhos.

— Na verdade eu não ligo mais eu só... Guardo rancor. — digo simples. — Mas agora já tá tudo bem.

— Você também não é tão grossa assim como você aparenta ser. — brinca e o olho sorrindo.

— Isso é um elogio? — pergunto rindo.

— Pode se dizer que sim. — diz e nós dois rimos.

— Cara nem fudendo que eu tô aqui com você agora. — digo após perceber que eu estou com Vinnie Hacker, sem ser por obrigação e ele ri.

— Quem diria né... Me odiava e agora tá toda boiola. — diz e eu dou um tapa em seu braço.

— Nem vem, eu tô normal. — digo e ele ri.

Nós dois rimos e quando paramos, ficamos nos encarando em silêncio.

Ele intercalava seu olhar entre meus olhos e minha boca, e foi se aproximando devagar.

Cheguei bem perto dele, como se fosse beija-lo, mas desviei e cheguei perto do seu ouvido.

— Não vai achando que vai ser fácil assim, Hacker. — sussurro em seu ouvido e percebo o mesmo se arrepiar.

— É o que nós vamos ver. — sussurra em meu ouvido, fazendo eu me arrepiar também.

Meu Deus, eu não acredito que eu estou desse jeito com o popularzinho babaca que não é mais o popularzinho babaca.

𝐀𝐟𝐭𝐞𝐫 𝐚𝐥𝐥 || 𝐕𝐢𝐧𝐧𝐢𝐞 𝐇𝐚𝐜𝐤𝐞𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora