Psicopoeta...

Anjinho

Ei Garotinha já cheguei... Te trouxe um presente espero que goste, é um vestido lindo não é mesmo? Você só usa roupas largas e grandes escondendo teu corpo, sempre calada e triste, como se tivesse medo da vida
Mas eu sei que no fundo você é apaixonada pela vida, da pra ver nos seus olhos...
Eu vou pro banho, esse sangue todo descendo pelo ralo do banheiro os cortes ardem tanto
Por que você está aqui? Ainda não terminei, estou me barbeando, por que está me tocando assim? Calme, não podemos
Eu sei que quando as pessoas mal humoradas e desconfiadas te perguntam quem sou, você diz que sou teu amante... Pessoas infelizes veem mal em tudo e pessoas felizes são tão inocentes... Por isso devemos ser meio termo!
Dê uma volta pela cidade, compre algo para comer, mas não demore e tome cuidado, eu vou descansar um pouco, me acorde quando chegar
As vezes eu ando com um terno preto e outras com um beje, mas sempre arrumado
Eu guardo uma pílula no meu bolso do palitó que faz eu ficar rápido e louco
O barulho da trava da arma é tão satisfatório não é mesmo?
Tire a mão do gatilho garota! Não faça isso, você irá viciar
A dor nos faz crescer mais cedo não é mesmo?
Mas eu morreria por você garota
Eu não tenho outra escolha, já trabalhei demais, já estou muito cansado, preciso descansar, em uma fazenda longe de tudo, construir um espaço pra mim nela onde eu me sinto em casa
Ou em um apartamento no centro da cidade, uma avenida bem movimentava, uma TV enorme que de a parede toda da sala, um carro todo preto e blindado que me busque em frente pra mais uma noite divertida, em um restaurante elegante, ou em um bar chique, ou em uma boate de alta sociedade, talvez eu me sentiria em casa, talvez...
A dor nos muda, o mau nos acolhe, é simples pergunte ao palhaço
Mas você me faz lembrar de como temos que aproveitar o tempo
Sorri mais baby!