One Thousand Jobs | Darwin Núñez

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Tal como tinha previsto, a chuva apareceu. Não foi durante o tempo do jogo, mas veio. Darwin apareceu juntamente com Luca, Rafa e Pizzi.

— Vocês não parecem lá muito felizes para quem ganhou um jogo contra o atlético!- comentei com um pouco de ironia.

— O Benfica está na bancarrota...- Pizzi falou.

— Como assim?- Sofia afastou-se de Luca pondo fim ao beijo que estavam dando.

— Estamos a ficar sem dinheiro... E isso pode prejudicar bastante a nossa equipa ainda mais nesta Liga Europa!

— Eu queria saber o que aquele homem faz com o dinheiro do clube! - Sofia falou indignada.

— Equipamentos, despesas do estádio, viagens para os jogos...

— E os 120 milhões do Félix estão onde?

— No estado, Sofia! -falei. — Economia nunca foi o seu forte...

— É bom que o Vieira arranje uma boa estratégia ou eu vou entrar para o clube daqueles que o querem ver porta fora!

— O Vieira tá demasiado confortável aqui para sair se é que me entende...- Rafa falou.

— A corrupção no futebol tornou-se tão recorrente que uma pessoa já nem liga.- falei. — Mas, apesar de ser portista, sou capaz de ter uma ideia para ajudar o vosso clube...

— E que ideia seria essa, meu anjo? - Darwin abraçou-me pelo pescoço.

— Donativos!

— Eu não estou a ver o Vieira a tornar público a necessidade de pedir doações de caridade...

— Eu sei que não! Mas estou a imaginá-lo a adotar uma maneira de o fazer ilegalmente...

— Maria Eliza, tu estás mesmo a sugerir uma ilegalidade?

— Vês outra opção? Se ninguém for apanhado ou der com a língua nos dentes fica tudo bem! O plano é enganar pessoas de renome, importantes e fluentes que não vão ficar afetadas se perderem meia dúzia de trocos.

— E como vamos fazer isso?- Luca perguntou.

— Um jantar de influência para ajudar a dar qualidade às instalações de pequenos clubes de futebol do nosso país através das doações que essas pessoas farão para um NIB do clube. Eu não disse nenhuma mentira... O Benfica ainda não está no top 3 mundial...

— Essa sua genialidade ilegal assusta...- Darwin falou.

— É lidar, meu anjo!- Vieira surgiu de repente atrás de nós, tossindo.

— Darwin, a sua namorada é genial!

— Ela não é minha namorada...- o uruguaio coçou a cabeça e Sofia olhou para mim porque ela sabia que era o que eu mais queria neste momento.

— Talvez um dia...- falei. Senti o olhar de Darwin sobre mim. — Mas, a ideia não foi minha, ok!

— Combinado!- Vieira falou e saiu logo de seguida.

— Bem, eu vou embora! Até amanhã...- Pizzi despediu-se com toque de punhos.

— Eu também tou indo... Tchau gente!- Rafa acompanhou Pizzi, os dois se separaram depois de entrarem nos seus carros.

— Vamos ao Score?- Luca sugeriu.

— O que é isso?- perguntei curiosa.

— Um café no centro de Lisboa, você vai gostar!- Darwin respondeu.