Se escondendo

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Dia 25 de junho, 14:37. Elora estava pronta para o encontro com seu pai, mas estava nervosa. Tinha medo de Rafael ter que se esconder da polícia assim e ter que ser substituído por Pedro. E se Pedro fosse preso? E se Rafael fosse descobertos junto das crianças? Ele iria preso? As crianças iam ser devolvidas aos seus lares infelizes? Estava abraçada com Rafael quase chorando de medo, Rafael e Pedro estavam conversando sobre como iriam fazer Rafael se esconder. Rafael iria para o esconderijo onde tinha um briquedo gigante daqueles de buffet, as crianças iriam ficar super entretidas e se pudessem iriam ficar o dia inteiro lá. Pedro iria se fingir de Rafael, os dois não eram nada parecidos, mas o que o tempo não faz? O pai de Elora não gostava de ver Rafael, então seria fácil de enganar ele. Os policiais mais ainda, já que nunca viram Rafael. Se Elora fosse para casa também teria que fingir que Pedro era seu marido, ninguém poderia duvidar da pessoa que vive com ele todos os dias. Os documentos falsos já tinham sido feitos, caso necessários. Estava tudo pronto.

- Acho que está na hora de eu levar as crianças para o brinquedo. Onde elas estão?

- No quarto. Tem certeza do que estão fazendo? Estou com medo...

- Vai ficar tudo bem meu amor, não precisa se preocupar - Diz Rafael dando um beijo na testa de Elora.

- Vai cuidar das suas crianças e eu cuido da Elora - Diz Pedro, ironicamente.

- Tô indo, até mais tarde

- Também vou indo, até mais Rafael 1 e Rafael 2

Os três riem. Elora sai de casa e vai para o encontro marcado pelo seu pai. Rafael vai para o quarto das crianças junto de Pedro.

- Crianças, eu tenho uma surpresa pra vocês!

Todas as crianças ficam felizes por mais uma das muitas surpresas de seu pai, mas dessa vez não era Elora que estava com eles.

- Cadê a mamãe? - Uma das crianças pergunta.

- A mamãe saiu hoje, só vamos ver ela mais tarde

Rafael leva as crianças para a porta secreta escondida pelo piso. Era um túnel muito escuro. As crianças ficaram com medo, mas quando Rafael ligou o flash do celular ficou bem melhor. Todas as crianças acompanharam Rafael ao novo brinquedo. Pedro ficou em casa aproveitando a comida e internet de graça. Quando chegaram na área do "brinquedão" que as crianças nunca tiveram chances de conhecer, os olhos brilharam. Todas foram correndo para se divertir um monte. Aquele túnel era apenas um porão muito grande que Rafael e Elora transformaram em um parque de diversões para caso algúm dia fosse necessário, e naquele dia era. Enquando as criancas brincavam, Rafael se sentou no chão e ficou mexendo em seu celular.

Era 14:59 e Elora tinha chegado na sorveteria marcada. Seus pais já estavam lá a esperando. Elora chega perto da mesa que seus pais esperavam e foi recebida muito bem.

- Que bom que veio querida, estávamos com saudades de você - Diz a mãe de Elora.

- Eu também. Queria ter trazido o Rafael, mas ele estava tão ocupado...

- Ocupado com o que? - "Sequestrando crianças?" O pai de Elora pensa.

- Com o trabalho. Ele é designer gráfico, não sei se lembram. Ele está muito ocupado esses dias, quase não tem mais tempo pra mim

- Nunca gostei desse Rafael...

- Não gostaria de nenhum namorado que ela arrumaria querido. É muito ciumento. Olha como nossa filha já está crescida

- Tenho direito de cuidar do que é meu. Você anda vendo as noticias filha?

- Não viemos tomar sorvete? Então vamos tomar, depois conversamos

(Sequestrador) Salvador de criançasOnde histórias criam vida. Descubra agora