Poemas: Sociedade dos poetas uivantes

Capítulo 12 - O Resgate nas Profundezas

No fundo do poço escuro e úmido, Kauhan se viu em uma situação desesperadora. Os ovos de dragão começaram a chocar, e ele sabia que estava em perigo iminente. Em um ato de pânico, fugiu rapidamente por um túnel próximo, com os ruídos crescentes do nascimento dos dragões ecoando atrás dele.

O estrondo que sacudiu todo o túnel o fez se arrastar por um tempo até que finalmente encontrou abrigo em uma caverna. Ofegante e exausto, ele agradeceu por ter encontrado um pequeno poço com água onde pôde beber e recuperar o fôlego.

Depois de algum tempo de descanso, Kauhan começou a ouvir uma melodia bela, uma voz que parecia irresistível. Incerto se era real ou apenas fruto de sua mente exausta, ele se levantou e mancando, seguiu a música.

A canção o conduziu por corredores escuros, mas não revelou sua fonte. Kauhan começou a se perguntar se estava alucinando devido à exaustão quando, de repente, ele começou a ver sombras e vultos ao seu redor. Assustado, ele aumentou o ritmo, esbarrando em uma figura humanóide. Seus olhos cansados não podiam discernir os detalhes do rosto ou do corpo da criatura.

Tudo parecia surreal, e Kauhan não conseguia mais distinguir entre a realidade e a alucinação. Ele só queria escapar daquele lugar. Então, algo o segurou e sussurrou em seu ouvido.

" Aguente firme, vou tirar você daqui", sussurrou uma voz familiar. Era Guit, reconhecível por sua voz, mas ainda obscuro em seus traços. Juntos, eles escaparam daquele local por meio de uma magia entoada por Guit. Kauhan estava tão fraco que, ao sair das profundezas, desmaiou.

Guit tentou acordá-lo, preocupado com a saúde de seu amigo. Ele andou de um lado para o outro, tentando encontrar uma solução. Então, uma luz misteriosa e intensa brilhou de repente, preenchendo o ambiente. Era um sinal de que algo extraordinário estava prestes a acontecer.