Capítulo 2 - O misterioso poeta juvenil

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Na surrada carteira escolar, no canto da abafada sala de aula sob o escaldante calor, Nora encontrou um poema rabiscado no tampo de madeira. Com curiosidade, ela leu baixinho:

Amor
Do meu jeito diferente,
Animado
E um tanto indecente,
Eu venho falar de amor.
Eu falo sobre amor
Sem ser muito clichê,
Porém,
Eu sempre falo que gosto de você.
Você está em minha cabeça,
Eu até tento te esquecer,
Mas...
Nada faz com que isso aconteça.
Com amor, eu me despeço,
Lhe deixando um recado,
Mesmo estando longe, sempre estarei do seu lado.

Esse poema misterioso penetrou na alma de Nora como um mantra, aguçando sua curiosidade e fazendo-a se perguntar sobre a identidade do autor. Ela levantou-se silenciosamente e se dirigiu à mesa de sua melhor amiga, Alice:

- Alice?
- Oi!
- Você conhece alguém do nono ano? Especificamente, do nono ano C.
- Nora apertou seu smartphone com a foto do poema rabiscado, procurando respostas.- Meu irmão deve conhecer...
- Sério? Você acha que ele poderia nos ajudar a resolver esse mistério?
- Eu não tenho certeza, mas quando chegarmos em casa, vou planejar uma estratégia e te envio uma mensagem, pode ser?
- Claro!

"A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida"

- John Dewey: A citação parecia ecoar na mente de Nora enquanto ela se aventurava na busca pela identidade do misterioso poeta juvenil. O poema e a busca pela sua autoria tornaram-se uma parte intrigante da vida escolar de Nora.

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