Capítulo 3 - O frio e a relatividade do tempo

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Nora estava ansiosa e preocupada enquanto aguardava a resposta de Alice. Ela precisava da ajuda do irmão dela, Ari Stocco, para desvendar o mistério por trás do poema. Afinal, Nora estava determinada a descobrir quem era o autor e por que aquele poema a intrigava tanto.

Após alguma insistência, Ari concordou em ajudar, mas não por solidariedade, e sim por um certo interesse em ver como seu amigo Kauan se sairia nessa situação. Eles combinaram que Nora iria à casa de Alice por volta das 19:30 daquela noite, quando Ari estaria livre do campeonato de Free Fire.

No entanto, Nora estava tão ansiosa que chegou à casa de Alice com um pequeno atraso, às 19:40. O vento gelado da noite fazia-a tremer enquanto chamava pela amiga do lado de fora.

Alice abriu o portão rapidamente, permitindo que Nora entrasse e se refugiasse do frio na casa de sua melhor amiga.Nora estava impaciente, e a espera parecia tornar o tempo mais lento, de acordo com a lei da relatividade. O tempo voa quando estamos ansiosos e interessados, mas parece arrastar-se quando estamos impacientes.

Finalmente, Nora chamou por Alice e subiu as escadas em direção ao quarto de Ari, onde ele estava jogando Free Fire.

No quarto, Nora ouviu Ari conversando com alguém online sobre o poema. Ele estava ridicularizando o autor do poema, chamando-o de cafona e debochando da situação.

Nora respirou fundo e bateu à porta. Ari abriu, visivelmente irritado por ter perdido pontos no jogo.

Nora entrou e sentou-se na cadeira ao lado dele, mas o silêncio encheu o quarto. Eles permaneceram em silêncio até que Alice entrou no quarto.Alice, empolgada, perguntou se Nora já tinha feito a pergunta. Nora ficou nervosa e admitiu que ainda não tinha perguntado.

Alice a encorajou a perguntar, e Nora respirou fundo antes de finalmente questionar Ari sobre o tal Kauan do 9°C.A resposta de Ari foi imediata e fria: "Não."No entanto, Nora sabia que ele estava mentindo, pois o tinha ouvido conversando com Kauan. Ela confrontou Ari, e ele tentou negar, mas Nora estava decidida a descobrir a verdade.

A tensão cresceu no quarto, e Nora ficou cada vez mais frustrada com as mentiras de Ari.

No entanto, algo inesperado aconteceu. Enquanto Nora mostrava a foto do poema em seu celular, o aparelho começou a brilhar e emitir uma luz dourada. Um portal luminoso se abriu no quarto, e Nora e Ari foram transportados para uma realidade paralela.Eles caíram em um lago cristalino, assustados e confusos. Nora, com medo, abraçou Ari como se fosse sua única âncora naquele mundo desconhecido.

Ao saírem do lago, eles se depararam com um homem mais velho, vestido com um chapéu japonês e carregando uma caixa nas costas. Ele os cumprimentou e ofereceu ajuda.

Ari e Nora aceitaram a ajuda e seguiram o homem, curiosos sobre onde estavam e o que estava acontecendo.

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