O Desertor Kauan, o enigmático transgressor, escondia-se dos perseguidores determinados a capturá-lo por ter levado jovens humanos para o reino de Poema. Sua transgressão envolvia fornecer acesso às runas das palavras que ele havia espalhado por toda parte, permitindo que jovens como Nora e Ari entrassem nesse mundo misterioso.
Com medo de ser capturado, Kauan decidiu dirigir-se à antiga montanha Valwerher, onde habitava um ser lendário conhecido como Basilisco. Ele precisava capturar o sangue amaldiçoado do Basilisco para concluir um ritual que o levaria ao seu poder máximo. No entanto, para realizar essa perigosa tarefa, Kauan sabia que precisaria de aliados.
Determinado a encontrar companheiros de aventura, Kauan escutou uma conversa em uma caverna onde heterônimos de Fernando Pessoa se reuniam. O grupo mencionou um mago chamado Olavo Bilac, despertando o interesse de Kauan.
Ele se aproximou da conversa, mas, por um descuido, fez barulho ao derrubar uma caneca de Versos Íntimos. Isso atraiu a atenção do grupo, que se aproximou dele com desconfiança.
Os membros do grupo o interrogaram sobre o motivo de sua presença ali, e Kauan explicou que estava interessado em saber mais sobre Olavo Bilac, acreditando que o mago poderia ajudá-lo a resolver seus problemas. No entanto, o grupo se recusou a falar sobre o mago e decidiu levá-lo para longe dali.
Ele foi amordaçado, encapuzado e levado para um local desconhecido, onde ficou em cativeiro. O grupo estava determinado a manter em segredo tudo relacionado a Olavo Bilac.
Kauan passou dias naquele lugar sombrio e sujo, com pouca comida e condições precárias. Seu corpo estava coberto de ferimentos resultantes de espancamentos brutais. Ele mal se lembrava de quem era ou como havia chegado ali.
Certo dia, Kauan acordou em uma jaula, em péssimas condições, cercado por insetos e com um cheiro nauseante no ar. Ele estava nu, amarrado pelas mãos e braços, e seu corpo estava coberto de hematomas. Ele estava sozinho, no escuro, com apenas uma pequena abertura pela qual a luz entrava.
Com esforço, Kauan conseguiu quebrar as correntes que o prendiam, ferindo-se no processo. Ele se disfarçou como um dos guardas que o haviam mantido em cativeiro, usando roupas que encontrou no local. Encontrou uma chave nos bolsos do guarda desmaiado e usou-a para abrir sua própria cela.
Enquanto explorava o local em busca de uma saída, Kauan encontrou uma cela onde um jovem estava gravemente ferido. O prisioneiro revelou que havia sido sequestrado e seu nome era William Shakespeare.
Kauan tentou abrir a cela de William usando a chave que havia encontrado, e os dois começaram a conversar. Eles escutaram a conversa dos guardas rindo e jogando cartas em outro cômodo e perceberam que a única saída era passar por ali.
William sugeriu um plano: ele voltaria para sua cela e começaria a fazer barulho como se tivesse quebrado algo, enquanto Kauan se esconderia e aproveitaria a oportunidade para escapar. William, que estava há muito tempo naquele lugar, estava disposto a sacrificar-se para dar a Kauan a chance de liberdade.
Kauan concordou com o plano e prometeu a William que voltaria para resgatá-lo. Ele se escondeu enquanto William começou a fazer barulho em sua cela, chamando a atenção dos guardas.
Enquanto isso, em Rio Claro, Ari estava no antigo horto florestal, refletindo sobre as revelações de Guit. Ari estava perplexo com a declaração de amor de Guit e se sentia confuso. Ele sabia que precisava encontrar Nora, mas seus sentimentos estavam em conflito.
Ao tentar se concentrar em sua missão de encontrar Nora, Ari percebeu que estava preso em Rio Claro. O portal que o trouxera para Poema não se abria, e ele não conseguia extrair as informações necessárias de Guit para continuar sua jornada sozinho.
A declaração de amor de Guit havia complicado ainda mais a situação de Ari, e ele se sentia perdido em seus próprios pensamentos e emoções. Enquanto isso, ele se questionava sobre como poderia fazer o portal se abrir e o que fazer a seguir.
A história de Kauan, agora como prisioneiro e fugitivo, e a luta de Ari para encontrar Nora e entender seus próprios sentimentos continuavam a se desenrolar em mundos paralelos, cheios de mistérios e desafios.
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Poemas: Sociedade dos poetas uivantes
Ficción históricaNas páginas que se seguem, convidamos você, leitor, a embarcar em uma jornada única e extraordinária. "Poema: Sociedade dos Poetas Uivantes" é uma obra literária verdadeiramente especial, nascida da colaboração entre mais de 60 alunos de três escola...