Capítulo 12

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A música tinha terminado e as pessoas pediam para jogar "O Cego Encapuzado".A confusão de Hayley era evidente.Ele deu-se conta de que,onde vivia,não tivera a oportunidade de aprender tais coisas.Inclinou-se para ela e sentiu-lhe o perfume.Assustado,quase se afastou.

– Não passa de uma brincadeira.A pessoa,com um capuz na cabeça,tem de encontrar uma outra. – Explicou ele.

– Mas eles falam de uma prenda,de um beijo. – Disse Hayley.

– Não se preocupe,pequena loba.Ninguém irá tocá-la exceto eu.

A promessa a fez arregalar os olhos e ele sorriu,satisfeito.

Levantando a mão no ar,Klaus deu permissão para o jogo,mas viu-se logo obrigado a ficar de pé,pois um velho cavaleiro o puxava pelo braço.

– Que tal nosso senhor encontrar a esposa?

Tarde demais,Klaus deu-se conta do preço da própria falta de atenção.Não teria aprovado a brincadeira se soubesse que iria participar.Algumas mulheres já forçaram Hayley a se levantar e um capuz era enfiado na cabeça dele.Foi levado para o centro do salão onde o fizeram rodopiar várias vezes.

Apesar do vinho ingerido,Klaus não se desorientou e começou a busca.Ignorando os risinhos de moças empurradas contra ele,movia-se devagar à procura de um perfume conhecido.Ao senti-lo,pensou em flores do campo,e em cabelos castanhos.Embora uma outra moça lhe interceptava os passos,ele desviou-se e,em instantes,tomava Hayley nos braços.

Os aplausos ecoaram no ar e ele,impaciente,tirou o capuz.

Admirou a criatura a sua frente,elegante,de pele sedosa.Os olhos castanhos expressavam aturdimento.Surpresos,eles se fitaram.

– Aprenda!Um beijo,meu senhor! – Gritaram as pessoas.

A primeira reação de Klaus foi a de não atender o pedido.Mas diante de Hayley,de faces coradas e lábios entreabertos como se o esperassem o toque dos dele,achou natural satisfazer a vontade das pessoas.Baixou a cabeça,acariciando o rosto de sua esposa.

A pegou pela cintura e roçou os lábios,que não tocava desde o casamento,nos seus sem a intenção de prolongar o contato,mas este foi tão inebriante que ele aumentou a pressão.Numa receptividade estonteante,Hayley abriu mais a boca e a língua dele a penetrou,provocando-lhe a doçura.
 
Quente.Poderosa.Klaus a puxou de encontro ao peito e ela não protestou,mas o agarrou pelo pescoço.Dedos o acariciavam na nuca e seios apertavam-se nele enquanto Hayley tocava-lhe a língua com a sua.Impaciente e ansioso,Klaus percorria suas costas com as mãos até que,um barulho ensurdecedor,o fez levantar a cabeça.

– Deus salve Lord e Lady Mikaelson!Que sua descendência prospere para sempre! – Os habitantes do castelo gritavam.

Descendência?Klaus deu um passo para trás e tirou as mãos do corpo de Hayley como este as queimasse!E na verdade ele sentia-se como se houvesse caminhado pelo fogo.Trêmulo,tentou readquirir a compostura,mas as aclamações continuavam.

As coisas já estavam longe demais.Ele não estava acostumado a tais demonstrações.As pessoas nunca tinham se manifestado com tanto entusiasmo a sua volta.Como esperar que eles recebessem a esposa com tanto calor?Percorreu os olhos pelo salão.

A Esposa Selvagem - Klayley Onde histórias criam vida. Descubra agora