A Esposa Selvagem - Klayley

Capítulo 61

- Bom dia,love. - Klaus abriu as cortinas,deixando a luz daquele dia inundar o quarto inteiro e banhar a figura de Hayley sobre a cama.

Imóvel,ele admirava a beleza suave e perfeita.Desde o momento em que a vira pela primeira vez não se cansava de fitá-la.Os cabelos longos es­tavam espalhados sobre o travesseiro,uma massa de fios negros,e tão brilhantes que ofus­cavam tudo ao redor.

Ela parecia um anjo caído do céu.Klaus sentiu uma pressão atrás dos olhos que não tinha nada a ver com seu antigo problema de cegueira.Como se percebendo ser o centro das atenções,Hayley abriu os olhos.

- Estava me admirando,de novo? - Indagou,provocando-o.

- Não tenho culpa que minha esposa é a mulher mais linda da face da terra.

- Sua eloquência é inspiradora,mas pouco convin­cente. - Hayley respondeu rindo enquanto passava a mão pela barriga enorme. - Portanto,pode ir cuidar de seus afazeres.Aliás,é melhor se apressar para não chegarmos atrasarmos.

- Sim,acho que é melhor nos apressarmos.Só espero que meus irmãos não tenham feito um discurso muito longo.

- Klaus!

- É que mal posso esperar para dar início à festividades que você preparou.Agora,as comemorações do aniversário de Orleans serão quase perfeitas,não é mesmo?O Lord e a Lady do castelo presidindo as celebrações no salão principal,rodeados de ricas tapeçarias e com as despensas cheias para aplacar a fome dos aldeões e de todos os residentes do castelo.

- Klaus... - Ela mordiscou os lábios,um sinal evidente de nervosismo.

- O que foi?

- Sinto dizer-lhe,mas acho que não vou estar presente em toda festa.

- Por quê? - Embora tentasse disfarçar o desapontamento,Klaus não conseguia controlar o tom desanimado.Afinal as comemorações daquele ano seriam perfeitas já que sua esposa realizava tantos feitos.

Tão logo,todos ficaram incrivelmente surpreso com as melhorias em Orleans e insistira que todos continuasse com seu trabalho de tornar o castelo mais habitável para eles.Superaram todas as suas expectativas,tornando Orleans um lar mais confortável,aconchegante e luxuoso.A colheita também havia sido farta,assegurando um inverno tranquilo e sem problemas de fome.Agora queria que Hayley e ele estivessem lado a lado para dar as boas-vindas ao povo que habitava suas terras.Hayley merecia estar presente e era junto a si que ele a queria.

- Não me culpe,Klaus. - Carinhosamente, ela tocou o ventre intumescido. - A culpa é do nosso bebê.Que exige vir ao mundo hoje.

- O quê? - Klaus colocou a mão sobre a barriga da mulher.No início sentira-se orgulhoso ao saber que Hayley gerava um bebê seu,mas agora,quando se aproximava a hora do parto,experimentava apenas um pânico crescente.Era a mesma sensação de pânico que sofrera meses atrás atrás,quando sua esposa caíra sobre uma doença terrivel.

- Tudo vai dar certo. - Ele murmurou,tentando ex­pressar sua preocupação e ansiedade da única maneira que sabia.

- Sim. - Hayley deu um tapinha na mão do marido,confortando-o. - Tudo dará certo,não se preocupe.Quan­do a festa terminar,você terá um filho,ou filha,saudável aguardando-o comigo.