Capítulo 58

164 11 2
                                    

Klaus preparou a sala inteira antes da primeira sessão de pintura,pretendendo ter um bom ângulo antes de tentar colocar tinta na tela.Posicionou uma cadeira contra um fundo liso,e decidiu que retrataria Hayley no dia a dia.Ele aproveitará a oportunidade para estudar suas antigas obras.

Perceberá que gravidez de Hayley estava mudando mais do que somente seu corpo,estava mudando a maneira do casal de ver a vida.

O bebe cujo chutes dentro da barriga da esposa se tornavam mais fortes cada dia se tornava cada vez mais importante para ambos.E a paternidade iminente também forçará Klaus a reavaliar suas opiniões em relação aos seus pais.Reconhecerá que,apesar de não saber se um dia seria capaz de perdoar o modo como ele foi criado,não poderia negar que aquilo o ajudaria a garantir que a criança que Hayley carregava nunca passaria pelo que seus irmãos e,principalmente,ele e sua esposa passaram.

Pela primeira vez na vida,reconheceu como devia ter sido difícil para sua mãe ter educado os filhos com um marido como Mikael.Ele tinha sido fiel pela maior parte do casamento,e sua mãe fingia não ver quando acontecia.

Entretanto,Esther Mikaelson,de alguma maneira conseguirá manter a família unida.Klaus e seus irmãos e irmãs sempre deixavam o lar deles cheio de risadas e alegria.Não como aquela grande fazenda onde Hayley crescerá.Ele tentou imaginá-la brincando com a babá no grande campo,e pensou em como devia ter sido solitário para ela.

- Klaus?

Ainda perdido em pensamentos,ele olhou para cima,e viu que Hayley chegará,as sobrancelhas escuras arqueadas numa pergunta zombeteira.

- Desculpa,love. - Ele sorriu para ela. - Eu estava a quilômetros de distância.

- Percebi.Você está pronto para me ensinar a pintar?

- Com certeza.

Hayley sentou-se onde Klaus indicará e,quando ele analisou seus cabelos,resistiu a vontade de beijá-la.Era uma regras deles que não deveria haver muita intimidade física fora do quarto com medo de até onde iriam consumidos pelo desejo.Porque beijos tendiam a sair de controle e levar a intimidades profundas.

- O que devo fazer ou pintar?

- Você sabe exatamente o que deve fazer,love.

- Já ensinou alguém a pintar antes?

- Não,nunca pensei em ensinar,principalmente uma mulher que,apenas algumas horas atrás,estava deitada nos meus braços.

- Podemos,por favor,não falar sobre sexo?

- Por que não?

- Você sabe muito bem o porquê.

Hayley estudou os movimentos rápidos da mão de Klaus segurando o pincel e mostrando como pintar.Lembrou-se dos desenhos que antigos que virá numa caixa dentro no armário quarto deles.Os temas podiam ser um pouco incomum para seu gosto,mas não havia dúvida que o marido possuía talento.

- Você e seus irmãos tiveram aulas de desenho e pintura quando criança?

-Não,tive que aprender tudo que sei hoje por conta própria,já que Mikael nunca pagaria por aulas.

- Eu pensei que seu pai tivesse uma fortuna.

- Ele tinha uma pequena fortuna,mas não gastaria nem um pouco nesse tipo de coisa,principalmente,comigo.

Por um tempo,eles trabalharam em silêncio,e Klaus aproveitou a oportunidade para observá-la.Os movimentos de Hayley eram econômicos,e o local estava em um completo silêncio,somente se ouvia a tinta tocar na tela e de um ocasional pássaro do lado de fora.Todavia,sob a superfície calma da vida deles.

A Esposa Selvagem - Klayley Onde histórias criam vida. Descubra agora