Capítulo 37

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Que grande ironia!Havia planejado derrotá-la e ela o estava destruindo.Não o fazia por superioridade de força,ou através de esperteza e,muito menos,com o fascínio de seu corpo.Ela arruinava o marido simplesmente por estar definhando.

Klaus perdeu o controle.Com um grito furioso,virou-se para Hayley.Não viu o corpo frágil,mas o espírito indomável que habitava nele.

- Não pense que pode se livrar de mim,lobinha.Você não morrerá!Está me ouvindo? - Levantou os punhos cerrados no ar. - Você é minha,me pertence e eu não deixarei que me abandone!Por Deus e por todos os santos, vou obrigá-la a obedecer-me,Hayley Andrea Mikaelson!Você não morrerá!

Sem se preocupar em perturbar seu repouso,Klaus continuou a esbravejar.Como um louco,percorria o quarto de ponta a ponta.Com a ajuda da própria força de vontade,estava determinado a forçá-la a obedecer.E a ordem era viver.

****

Estaria sonhando?Klaus piscou,mas a visão persiste.Olhos castanhos o observavam e o nome dele era murmurado com suavidade.Esfregou os olhos.Estava deitado na cama, ao lado da esposa,todavia,completamente vestido.Intrigado,fitou-a e foi como se a visse pela primeira vez,abatida e com a pele cheia de manchas.Sentou-se depressa.

- Hayley!

- Sim?

Klaus sentiu como se fosse explodir com a força das emoções.Ela estava abatida,mas com expressão alerta.

Sentiu vontade de gritar de alegria.Ela havia acordado e o reconhecia!

- Hayley!Hayley! - Murmurou ele com um nó na garganta.

Curvando-se sobre ela,tomou-lhe a mão e a encostou no rosto.A pele estava fresca,macia e era mais preciosa do que a vida.

- Klaus,o que foi?Você está chorando? - Perguntou ela num fio de voz.

- Não.É a fumaça da lareira.Eles devem estar queimando lenha verde outra vez.Como você se sente?

- Péssima.Você poderia...Água...

Antes de terminar,Klaus já se levantava e lhe providenciava um copo de água.Com cuidado,ergueu sua cabeça e a ajudou a beber.Ela estava viva!E lhe pertencia!Jamais o abandonaria!

Uma sensação de paz dominou Klaus.Era como se tudo estivesse certo no mundo pela primeira vez.Nada o pressionava mais e as perturbações íntimas tinham passado.Sentia-se inteiro,pois a mulher vivia.

Embora pequeno,o esforço fez Hayley voltar a reclinar-se e fechar os olhos.Klaus,entretanto,não se desencorajou.

- Você precisa de alimento.Um caldo, talvez.Vou dar ordens a Carmen e Declan.

Em poucos passos,alcançou a porta de onde gritou o nome da criada.Como não obtivesse resposta,dirigiu-se à escada,descendo-a de dois em dois degraus.

Depois de passar tanto tempo no quarto,Klaus achou tudo diferente.O salão parecia melhor e mais aconchegante do que antes.Os criados não demonstravam desconfiança,mas o fitavam como se estivessem aliviados por revê-lo.

A Esposa Selvagem - Klayley Onde histórias criam vida. Descubra agora