Capítulo 60

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Klaus por um momento franziu o cenho,ele nunca tinha visto uma mulher tão linda quanto a mãe de seu bebê.Quanto sua mulher.

Não conseguia tirar os olhos de Hayley.Ela estava linda com os raios de sol,que passavam pela janela,batendo no seu rosto,que parecia uma imagem divina.

Klaus suspirou.Céus como ele fora estúpido no começo.Dizia a si mesmo que Hayley não seria ninguém em sua vida,mas logo descobriu o que ela realmente era.Hayley era a mulher de sua vida.Klaus sorriu ao chegar perto de Hayley que permanecia sentada numa cadeira olhando para um pedaço de papel cheio de rabisco.

- Qual é melhor? - Disse Hayley de repente o tirando de seus pensamentos.

- O que? - Klaus não entendeu de imediato.

- Se for menino estou indecisa entre Joseph e Henry. - Logo ele se tocou de que ele nunca pensou em algum nome para seu bebê.

- E se for uma menina? - Perguntou ele sorrindo.

- Eu pensei em Andréa e Phoebe.

- São belos nomes.

- Acho que na hora certa nossos corações vão nos dizer.

Sem saber o que dizer,Klaus manteve-se calado e Hayley prosseguiu.

- O coração é uma coisa maravilhosa.Ele vê coisas que a mente não percebe.O meu é muito grande,Klaus.Embora nosso bebê e você sejam os primeiros e os mais importantes nele,ainda sobra lugar para outras pessoas.

Sem saber aonde ela queria chegar,Klaus continuou em silêncio.

- Existem cantos para todos ao nosso redor.

Depressa,ele a fitou.Seus olhos castanhos estavam calmos e límpidos.

- Principalmente no seu coração,há lugar especial para nosso bebê.Podemos nós amar sem amá-lo menos.

Atônito demais para falar,Klaus continuou fitando-a.Quis refutá-la,mas não conseguiu.Engasgou com as palavras,pois a mulher inteligente estava certa.

Desgraçado egoísta,ela o havia chamado uma vez.Era verdade.Ele queria todo seu afeto para si mesmo e ressentia-se do que ela dedicava a outras pessoas.Até o bebê deles lhe dera num acesso de pique e numa tentativa de prendê-la,exclusivamente,a ele para sempre.Também havia jurado protegê-la por razões erradas.Não tinha pensado em seu bem-estar,mas na própria paz de espírito.

- Amar é dar e compartilhar,Klaus. - Ela afirmou com voz suave.

Ele baixou o olhar,mas Hayley tomou-lhe a mão e a colocou sobre a barriga.

- Está sentindo,Klaus?É o nosso bebê.Confesse que seu coração é grande o suficiente para ele.

Com a palma da mão,ele sentiu os movimentos do bebê.Apavorado,respirou fundo.Como o bebê, ainda em gestação,podia se fazer conhecer?

- Nunca imaginei...

- Esta vendo,Klaus?Ele está se comunicando com você.

Ajoelhando-se diante dela,Klaus colocou a face sobre sua barriga.Sentiu-a ondular-se.Da mesma forma,admitiu que o amaria como amava Hayley.Só de ver a emoção da esposa ao descansar a mão sobre a barriga.Perguntou se isso foi o que sua própria mãe tinha sentido por ele,este elo poderoso conectando-os ao seu bebê?

Levantou a cabeça e viu seu sorriso trêmulo e os olhos castanhos cheios de lágrimas.Tinha a impressão que a amara sempre.Impossível,havia se sentido vazio por longos anos,até Hayley entrar em sua vida e enchê-la com sua energia,calor e paixão.

- Eu o amarei,Hayley, assim como te amo. - Murmurou com voz rouca.

- Ótimo! - Exclamou ela,esquecendo as lágrimas e sorrindo.

Depois,ambos riram alto e com aquela sonoridade que lhe mexia com a alma.

A Esposa Selvagem - Klayley Onde histórias criam vida. Descubra agora