Capítulo 56

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- Bom dia,Klaus. - Satisfeita consigo mesma,Hayley levantou-se da cama e abriu as cortinas do quarto enor­me,deixando a luz daquela manhã de Natal penetrar nos aposentos escuros e acorda a figura adormecida.

Cabelos louros escuros servem de moldura para o rosto de um verdadeiro deus,o deus da guerra.Nada diminui o impacto da beleza viril: queixo forte,nariz reto,lábios firmes e sensuais.Klaus Mikaelson era o homem mais bonito que jamais vira em toda a sua vida.

- Por acaso está me admirando,Love?

- Sim. - Ela respondeu com favor. - Não se esqueça que também já te peguei me admirando.

De repente um braço forte puxou-a para cama enquan­to lábios ardentes procuravam os seus com sofreguidão, envolvendo-a numa paixão que desconhecia limites.

A magia daquele homem penetrava seus sentidos de uma maneira avassaladora,ameaçando,como sempre,fazê-la perder a noção de tempo e espaço.Entretanto,apesar de atordoada,ela resistiu e não sucumbiu ao de­sejo desta vez.

- Precisamos nos apressar ou vamos perder a missa. - Hayley avisou,procurando se desvencilhar dos braços musculosos que se esforçam para mantê-la na cama.

- Missa?Como?Com que sacerdote? - Klaus per­guntou um pouco chateado ao perceber que seu prazer teria que ser adiado já que a esposa não retribuía as carícias.

- Não soube que o Padre Kieran está vindo.

- Que história é essa? Quer dizer que você resolveu chamá-lo se me consultar? - Ele sentou-se na cama exibindo o torso nu ao olhar apaixonado da mulher.

- Oh,Klaus,você esteve tão ocupado que não teve tempo.Quisera poder ficar aqui e amá-lo vezes sem conta,vendo seu corpo banhado pela luz do dia.Mas nós temos que ir.

Hayley riu,colocando o vestido às pressas e passando as mãos pelos cabelos rebeldes num gesto rápido e preciso.A resposta de Klaus foi também se vestir.

- Pare de me provocar com esse olhar,minha lobinha,a menos que esteja disposta a tirar as roupas e voltar para a cama imediatamente.Aliás, livrá-la das roupas é um detalhe que eu mesmo posso resolver em questão de segundos.

Tem razão,melhor não provocá-lo,pensou Hayley.

- Embora já tenha me dado o melhor presente que podia me dar,Klaus. - Hayley acariciou sua própria barriga. - Quero lhe pedir um presente neste dia de Natal.

- E o que seria? - O tom desconfiado do marido não lhe passou despercebido.

- Mais tarde,venha dar um passeio a cavalo comigo ao ar livre. - Ela pediu, colocando um dedo,sobre os lábios masculinos para impedi-lo de responder com um sonoro não. - Seria apenas nós dois e nosso bebê.

Ela abriu a boca para retrucar, porém ele a impediu, tocando-a de leve no peito, como se quisesse provar o que acabara de dizer.

- Não há nenhuma outra coisa que eu possa lhe dar de Natal em vez de um simples passeio?

- Sim,há outras coisas que você pode me dar.En­tretanto nenhuma delas eu desejo tanto quanto voltar passear ao seu lado.

- Mais tarde então,quando todos os convidados já tiverem bebido o suficiente para mantê-los quietos nos lugares.

- Obrigada.

****

Mais tarde,os dois cavalgaram em silêncio a princípio porque Hayley desejava que ela e Klaus pudessem desfrutar o prazer de estar ao ar livre.E havia muito a ser apreciado.

A temperatura mantinha-se fria,porém suportável,sob um céu de anil pássaros cantavam e pulavam nos galhos secos das árvores.

Depois de um certo tempo,eles desceram dos cavalos e se sentarem querendo apreciar a paisagem,inclusive detalhes que normalmente não prestaria atenção: o reflexo do Sol nas poças de água,o brilho das pedras úmidas,os formatos variados dos galhos secos contra o céu,o buraco feito por um camundongo,sob um tronco oco.

- Feliz Natal,grande lobo mal.

- Feliz Natal,minha lobinha. - Klaus se aproximou da barriga de Hayley. - Feliz Natal,meu pequeno lobo menor.

A Esposa Selvagem - Klayley Onde histórias criam vida. Descubra agora